Ter acesso à água potável devidamente tratada e a um serviço de coleta e tratamento de esgoto eficiente não está ao alcance de muitos brasileiros. De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), 83,3% da população recebe água de boa qualidade nas residências. Com relação ao esgoto, esse índice é apenas de 42,7%. Em Petrolina (PE), a distribuição desse bem tão precioso e outros serviços prestados pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) são problemas que a população vem enfrentando com frequência.
Veja relatos de alguns ouvintes que participaram nesta segunda-feira (22) ao programa Nossa Voz
O morador do bairro Cosme e Damião, Gonzaga França participou do programa e disse estar indignado com a falta de água. “Quando chove em Petrolina a população não precisa mais de água não? Porquê parece que é isso que acontece. Uma vez, eu lembro que o presidente da Compesa me disse que eu precisaria comprar uma caixa d’água, será que é esse o motivo que não tenho água, porque não peguei água da chuva? Estamos sem água desde domingo (21). As contas chegam, esse mês minha conta que era R$70,00, chegou a R$ 140,00 e vou ter que pagar. O negócio é serio aqui, não sei como a população do bairro saiu para trabalhar hoje (22). Falta água e a Compesa não comunica. O que é que está faltando para essa empresa atender bem a população de Petrolina? Já venceu o prazo da Compesa aqui”.
A dona de casa Silvana, residente no bairro Jardim São Paulo, reclamou que tem um esgoto estourado na rua oito causando transtornos à população. “É muito transtorno, um mal cheiro insuportável, eles foram avisados e não vem”.
“Essa Compesa tem é que sair de Petrolina”, pontuou João Geronimo, comunitário do bairro João de Deus. “Todo dia aqui falta água, essa Compesa tem que sair de Petrolina, mas a conta chega, não sei como essa empresa faz isso com as pessoas, mandar a conta se na torneira só tem ar. Parece um balão de ar, o relógio só conta ar. Como é que a Compesa conta? essa matemática não fecha. Como é essa medição? Sinceramente não consigo entender. A rede de saneamento do bairro é desde 1997, permanece a mesma rede, nunca ouve uma manutenção em nada”.
Até a manhã desta segunda-feira (22), conforme Welington do Cosme e Damião que o bairro está sem uma pingo d’água nas torneiras
A situação é crítica também para o bairro São Joaquim, segundo Manoel Barbosa Lima Neto, na localidade tem um cano estourado desde a última quinta-feira (18). “Muita água limpa aqui no meio da rua, um desperdício total. Ligamos para Compesa, eles respondem que vem hoje, que vem amanhã (…), e até o momento nada foi feito”, relatou.
Outra situação é do Serrote do Urubu, de acordo com Anderson Patriota, na rua José Geraldo existe um desperdício de água. “O problema é antigo, todos os dias água limpa é jogada no maio da rua, quando chega à noite fica tudo alagado. A situação aqui está feia. Eles já mandaram uma equipe, e não foi solucionado esse problema, uma boca de lobo de retorno”.
A produção do Nossa Voz entrou em contato com a Compesa para obter esclarecimentos sobre essas demandas pontuais de cada localidade. Estamos no aguardo.