(Foto: Nossa Voz)
Nesta segunda-feira (07) o Podemos deve oficializar o apoio à pré-candidatura de Miguel Coelho a governador de Pernambuco. Com a decisão, o presidente estadual da legenda, o deputado federal Ricardo Teobaldo assinará o cartão de desembarque de Sargento Quirino e, possivelmente, dos três vereadores que compõem a bancada do partido na Câmara de Petrolina, Elismar Gonçalves, Marquinhos do N04 e Samara da Visão. Pelo menos isso é o que afirmou o próprio Quirino em entrevista ao Nossa Voz da última quarta-feira (02).
Ao justificar tal decisão, o ainda presidente do diretório municipal do Podemos relembrou sua trajetória na legenda. “Estou presidente do Podemos por uma missão que recebi. Eu sou do grupo do deputado Lucas Ramos e foi a missão que ele me deu. E naquele momento, claro, nós agradecemos a Ricardo Teobaldo porque era o único partido que não estava ligado à base do prefeito Miguel Bezerra, até porque todos os partidos praticamente estavam com ele, com exceção do PT, PCdoB e o PSB”, relembrou.
Ainda de acordo com Quirino, sua atuação à frente do Podemos resultou num protagonismo significativo da legenda em Petrolina. “Assumimos a direção do partido, fizemos dois vereadores, foram 11,5 mil votos em seis meses. Eu cheguei do Recife e a queima roupa nós montamos, sem ter nada o que ofertar a um candidato e nós tínhamos um vereador com mandato, nosso companheiro Elismar. Era uma situação difícil porque nós não poderíamos perder esse mandato na Câmara Municipal. Ele que votou duas vezes com Lucas, votará na terceira , se Deus quiser”.
Apesar do trabalho realizado, o militar na reserva afirmou que não terá remorso em deixar o Podemos. “Lá nós estamos até o momento em que for possível. Quando não for, claro, na hora que esse partido passar a ter uma subordinação de Miguel Bezerra com Fernando Bezerra, Quirino deixa a direção”.
Ele ainda assegura que não sairá sozinho. Nas contas de Quirino, Elismar, Samara e Marquinhos também se desfiliarão do Partido. “Na janela podem e irão deixar, não tenha dúvida. (…) Eu acredito que na hora em que ele [Miguel Coelho] vier, nós estaremos fora desse projeto dele”.