“Não existiu traição, o que existiu foi uma estratégia”, afirma Osório Siqueira sobre eleição na Câmara de Petrolina

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Nesta terça-feira (4), o vereador e presidente da Câmara Municipal de Petrolina, Osório Siqueira, concedeu entrevista ao programa “Nossa Voz” para comentar sobre sua reeleição e os desafios que enfrenta no novo mandato. Durante a conversa, Siqueira expressou gratidão pelo apoio recebido e abordou temas como a reforma da Casa Plínio Amorim, as contas da Câmara e a formação das comissões permanentes.

“Primeiro quero agradecer a Deus, meu povo, a minha família, a todos que me deram a oportunidade de chegar mais uma vez pela quinta vez vereador de Petrolina. E agora também os vereadores que me deram a oportunidade para ser presidente da Câmara pela sexta vez.”

Sobre a surpresa gerada pela eleição da mesa diretora, realizada no primeiro dia do ano, Siqueira comentou a estratégia utilizada e rebateu insinuações de traição feitas pelo ex-presidente Aero Cruz.

“Veja bem, toda eleição de presidência de Câmara vai ser de vereadores com congresso, na assembleia, tem sempre essa surpresa. Não existiu traição, o que existiu foi uma estratégia. Na verdade, eu fui solicitado para enfrentar essa estratégia e eu coloquei para os vereadores que não era fácil. Todo mundo faz parte do mesmo grupo. Ele (Aero Cruz) falou em relação à assinatura, e foi verdade. Todos nós assinamos, acho que não só os 12, mas os 19 vereadores.”

Segundo Siqueira, a estratégia foi decisiva para garantir a vitória na eleição da mesa diretora.

“Aí foi justamente uma estratégia para poder estar bem próximo, o cavalo estava selado e a gente estava ali se organizando para montar. E não podia falar outra coisa, a não ser dizer a Aero que estava tudo bem, que ele estava eleito. Porque realmente todos tinham assinado. Mas, em última hora, eu senti firmeza e a gente tava preparado com aquele envelope ali.”

Outro tema abordado foi a situação da Câmara Municipal, que atualmente está funcionando em um prédio alugado. Siqueira comentou sobre os desafios estruturais enfrentados e a previsão para conclusão da obra.

“A Câmara está em um prédio alugado ali na nossa Igreja de São Paulo. É um prédio que tem vários gabinetes, todos até o terceiro andar. E a assessoria está tendo que funcionar na fundação. Isso tem gerado dificuldade, porque o vereador não encontra mais um espaço adequado para atender.”

Sobre o andamento da reforma, ele destacou: “A obra física estava paralisada, mas autorizamos o reinício. A empresa já iniciou, e em 90 dias os gabinetes estarão liberados. O plenário, em 60 dias, acredito que até menos.”

Ao ser questionado sobre as contas da Câmara, Siqueira esclareceu que recebeu a gestão com recursos limitados e que haverá dificuldades para quitar dívidas pendentes.

“A Câmara não tinha dinheiro em caixa porque realmente tudo estava empenhado. Os recursos disponíveis eram apenas R$ 68.000, que devem ser devolvidos ao município. Estamos trabalhando com o dinheiro repassado mensalmente do duodécimo. Por isso, estamos priorizando a reabertura da obra e buscando um planejamento financeiro. Ainda assim, acredito que ficará uma dívida de aproximadamente R$ 6 milhões referente à mobília e ao sistema de som.”

Com o início dos trabalhos legislativos marcado para quinta-feira (6), Osório explicou que a primeira sessão será mais formal e que a escolha das comissões permanentes acontecerá na próxima semana.

“A gente abre os trabalhos com uma sessão mais simbólica, com a presença do prefeito e de autoridades. Na segunda-feira, será realizada a escolha das comissões, com reuniões entre os líderes partidários para definir os membros.”