Após a bancada evangélica da Câmara de Vereadores de Petrolina polemizar sobre o Decreto nº 51.460, que prevê a exigência de comprovante de vacinação e/ou testagem negativa contra a Covid 19 para entrada em locais com público previsto acima de 300 pessoas, incluindo igrejas e templos religiosos, o Programa Nossa Voz trouxe hoje (06), com exclusividade, uma entrevista com a Secretária Executiva de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Ana Paula Vilaça, para explicar as medidas contra a Covid -19 que estão em vigor no Estado.
Ana destacou que as medidas não são exclusivas das igrejas e templos religiosos e que só há necessidade da comprovação vacinal em eventos a partir de 300 pessoas, o que não ocorre na maioria dos cultos de pequeno porte. “A prioridade do Estado sempre foi salvar vidas e cuidar das pessoas, o que estamos trabalhando não é específico para as igrejas, é para qualquer atividade social e econômica. As regras se aplicam a batizado, casamento, aniversário… A gente entende que são necessárias medidas de proteção e contamos com apoio da classe artística, dos produtores de eventos e de líderes religiosos para incentivar a vacinação, pois este é o objetivo do decreto. Até 300 pessoas não precisa de nenhum controle vacinal, somente para aqueles templos maiores, celebrações de cultos ecumênicos, casamentos, onde a gente precisa garantir que a proteção das pessoas seja efetiva”, explica.
A secretária pontuou ainda que o decreto esta em vigência desde o dia 27 de setembro, mas não há data de término, uma vez que a cada semana o Estado avalia os números da saúde e modifica os pontos do plano de convivência. “Nosso objetivo é garantir a retomada das atividades de forma segura. Não há nenhum tipo de perseguição religiosa, social, econômica, estas exigências estão ocorrendo em qualquer atividade. São padrões definidos pelas autoridades sanitárias, só assim a gente vai poder voltar ao normal que tanto almejamos”, afirma.
Outro ponto reforçado por Vilaça é que todas as atividades elencadas no decreto já estão regulamentadas e disciplinadas, não há uma exclusividade dos templos religiosos. “Todas as atividades já estão disciplinadas e regulamentadas a partir do ato da publicação do decreto. Para indivíduos acima de 12 anos, em qualquer local que haja uma aglomeração de mais de 300 pessoas, será exigido o comprovante vacinal. O objetivo é justamente estimular a vacinação para todos que já fazem parte do público-alvo. Crianças abaixo de 12 anos, que ainda não fazem parte do grupo onde é exigida a vacinação, não possuem nenhuma proibição”, explana.
Questionada sobre a fiscalização destas medidas, a secretária informou que ficaria a cargo dos órgãos de fiscalização e controle do Estado e municípios, além da própria população. “Todos os órgãos de controle, sejam estaduais ou municipais farão esta fiscalização. Porém, contamos também com a população. O objetivo é de conscientização coletiva, a vacinação é um ato de amor ao próximo, portanto, para evoluirmos, precisamos que cada um faça sua parte”, finalizou.