A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Juazeiro inicia uma nova fase sob a liderança de Antônio Hélder Guimarães, que foi empossado como presidente da entidade para o triênio 2025-2027. Em sua posse, Guimarães destacou os principais pilares estratégicos que nortearão sua gestão, além de abordar desafios que impactam diretamente o comércio da cidade, como o estacionamento rotativo, a travessia urbana e a modernização do setor.
Em seu discurso de posse, Guimarães apresentou os três pilares estratégicos que servirão de base para sua gestão. O primeiro deles é o fortalecimento da entidade através do associativismo. Segundo ele, a união das empresas é essencial para enfrentar desafios e conquistar oportunidades:
“O Nordeste está evoluindo bastante, enquanto o Sul já se encontra bem estruturado no associativismo. Entendemos que só com empresas unidas é possível enfrentar desafios e aproveitar as oportunidades com mais facilidade.”
O segundo pilar é a modernização e capacitação das empresas. Guimarães ressaltou a importância da qualificação dos empresários e seus colaboradores para enfrentar um mercado altamente competitivo:
“A capacitação é essencial. Tanto os empresários quanto seus colaboradores precisam estar preparados para um mundo cada vez mais dinâmico. Não podemos ignorar a evolução do e-commerce, e por isso estamos buscando uma empresa para apoiar pequenos negócios na digitalização.”
O terceiro pilar é a implantação da CDL Jovem, um projeto que já faz parte do estatuto da entidade. O objetivo é incentivar jovens empreendedores e herdeiros de negócios familiares a se engajarem no comércio local:
“Os novos talentos precisam de inspiração e suporte. Estamos de olho nos jovens empresários e nos filhos de comerciantes, pois eles são o futuro do nosso comércio.”
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Juazeiro destacou, a importância da capacitação em tecnologia e do incentivo à digitalização para o crescimento do comércio local. Segundo ele, “a capacitação em tecnologia, o incentivo à digitalização, nós já estamos prospectando uma empresa que dará apoio às pequenas empresas para entrar nesse mercado digital. Então, ontem já tivemos a primeira reunião com a empresa e ela tem esse papel de apoiar as pequenas empresas nesse processo de digitalização.”
No entanto, ele também enfatizou a importância de “fortalecer a experiência do consumidor com a loja física”, afirmando que “a loja física precisa ser melhorada, mais ainda, cada vez mais o atendimento precisa melhorar. Essa experiência de compra, ela tem que ser fortalecida para que esse consumidor entenda que comprar também no comércio físico é muito bom.”
A posse de Guimarães foi prestigiada por diversas autoridades, incluindo o prefeito André Gonçalves, o vice-prefeito e o presidente da Câmara. O novo presidente reforçou a importância da parceria entre o setor comercial e o poder público:
“Receber o apoio das autoridades nos motiva muito. Tivemos uma reunião com o presidente da Federação da CDL, que enfatizou a necessidade de estreitar laços com entidades públicas para fortalecer essa parceria.”
Guimarães também destacou a relevância das campanhas de vendas para estimular o consumo e impulsionar a economia local:
“Precisamos do apoio da prefeitura e do governo do estado para fomentar campanhas que gerem grande fluxo de consumidores nas ruas, especialmente em datas comemorativas. Isso fortalece o comércio e movimenta a economia.”
A nova gestão também herda desafios críticos, como o acesso ao crédito para pequenos empreendedores, a mobilidade urbana e o estacionamento no centro da cidade.
Guimarães garantiu a continuidade das negociações iniciadas pela gestão anterior com instituições bancárias para facilitar o acesso ao crédito:
“Estamos em contato com o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste para ampliar as opções de financiamento. Juazeiro tem um enorme potencial comercial, e precisamos garantir que pequenos e médios empreendedores tenham condições de crescer.”
Outro ponto crítico é a questão do transporte urbano. Recentemente, a cidade enfrentou uma paralisação no transporte público, impactando diretamente o funcionamento do comércio. O presidente da CDL comentou sobre a situação:
“Sabemos que greves são direitos garantidos, mas o impacto foi grande. Muitos comerciantes e funcionários tiveram dificuldades para chegar ao trabalho, e o fluxo de consumidores caiu significativamente. Estamos atentos para entender os desdobramentos e buscar soluções junto ao poder público.”
Em relação ao estacionamento rotativo, desativado há algum tempo, Guimarães frisou que a falta de vagas no centro tem prejudicado os lojistas. Ele pretende reunir as principais entidades comerciais para discutir soluções antes de apresentar uma proposta ao prefeito:
“Precisamos de um modelo eficiente de estacionamento. A falta de vagas tem impactado as vendas, pois muitos consumidores desistem de comprar devido à dificuldade para estacionar.”
As obras da travessia urbana têm gerado transtornos no trânsito e afetado a mobilidade no centro da cidade. Guimarães reconhece a necessidade da obra, mas destaca que a falta de um cronograma claro pode agravar os impactos:
“Sabemos que a interdição é necessária para garantir a segurança e melhorar a mobilidade regional, mas é essencial que haja uma comunicação transparente entre a construtora, o DNIT e as autoridades locais. O cronograma precisa ser bem definido para minimizar os prejuízos ao comércio.”
A retirada da Banca Central é outro ponto sensível, pois pode gerar congestionamentos e dificultar o acesso ao comércio no centro:
“Temos preocupação com o impacto no trânsito e na movimentação comercial. Precisamos de engenheiros de tráfego acompanhando a situação para reduzir os transtornos ao máximo“, concluiu.