Espetáculo de dança evoca as encantarias do rio São Francisco em performance contemporânea de André Vitor BrandãoNos dias 19, 20 e 21 de julho, a riqueza, força e magia ribeirinhas se materializam no palco do Teatro Dona Amélia, no Sesc Petrolina, com a estreia do espetáculo de dança contemporânea “Nego D’água”.
Criada e encenada pelo performer e coreógrafo, André Vitor Brandão, com o incentivo do Fundo Pernambucano de Cultura – Funcultura, a montagem tem sessões gratuitas, com apresentações às 20h na sexta e no sábado, e às 17h no domingo.
O artista evoca encantarias e as memórias que habitam as águas do rio São Francisco. Um ir e vir de movimentos com a naturalidade e força da correnteza. “A partir de um imaginário que conflui encanto e mistério, material e imaterial, a fluidez e o movimento constante faz emergir outros corpos – humanos e não-humanos – assentados nas cosmopercepções, nas lutas e resistências indígenas, negras e caboclas que coabitam os territórios ribeirinhos”, explica André Vitor.
A lenda do Negro D’água ou Nego D’água, conta que o homem negro alto, com características de anfíbio habita os rios, amedrontando pescadores que se negam a lhe oferecer presentes como peixes ou cachaça. Em Juazeiro-BA, a figura encantada ganhou uma homenagem, uma estátua cercada pelas águas do São Francisco, que se tornou cartão postal.
O espetáculo é acessível em Libras e tem classificação etária livre. A direção geral é de Jailson Lima; Dramaturgia de Maria Thaís; Direção de movimento de Renata Camargo; Figurino de Pedro Gilberto; Confecção de figurino de Sandra Lira e Roberta Costa; Cabelo de Mel Nascimento / Braids Mel; Designer gráfico de Giovanni Peixoto; Fotografia subaquática de James Jhonatan; Fotografia de cena de Rubens Henrique e André Amorim; Trilha sonora original de Gean Ramos Pankararu e Pedro Pankararu; Voz off de Seu Manoel; Percussão de Candyce Duarte; Iluminação de Fernando Pereira; Cenografia de Coelhão; Assistentes de cenografia Santiago, Cailane e Luiz de Melo; Marcenaria de Murilo Carvalho; Produção de Alan Barbosa/Ateliê da Voz.
O artista – André Vitor Brandão (@andrevitorb) é performer e coreógrafo residente na cidade de Petrolina no Sertão Pernambucano. Têm investigado de que maneira a dança produzida na região do Vale do São Francisco desenvolve metodologias decoloniais de ruptura com as imposições e opressões históricas que atuam sob a região, para tal, pesquisa cosmologias, resistências, estéticas, historicidades e memórias acerca desse território. É Doutorando em Formação de Professores e Práticas Interdisciplinares (UPE) Mestre em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos (Uneb), especialista em Dança Educacional e Artes Cênicas pela Faculdade São Fidelis e licenciado em Artes Visuais pela (Univasf). É performer, assistente de direção e dramaturgista da Qualquer um dos 2 Companhia de Dança em Petrolina/PE.