No Dia de Prevenção e Combate à Surdez, otorrinolaringologista do SESI Saúde alerta sobre hábitos prejudiciais à saúde auditiva

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Causada, principalmente, pelo excesso de ruídos, a perda auditiva é extremamente recorrente entre trabalhadores de todos os setores, sobretudo aos que se expõem a um elevado nível de pressão sonora. Para conscientizar as pessoas sobre a importância dos cuidados com a audição, é celebrado, no dia 10 de novembro, o Dia de Prevenção e Combate à Surdez. Além de exames periódicos, os especialistas alertam para hábitos prejudiciais à saúde auditiva, como o uso frequente de fones de ouvido, que vem se tornando uma causa muito frequente de perdas auditivas no Brasil e no mundo devido à utilização indevida desses equipamentos.

“A audição que chamamos de ‘normal’ está em torno 25 decibéis. As perdas auditivas acontecem abaixo de 25 decibéis. Até 50 decibéis, é considerada uma perda auditiva leve. De 51 a 70 seria uma perda auditiva moderada. De 71 em diante é uma perda severa”, explica a otorrinolaringologista da Clínica SESI, Lêda Mattos.

As causas de perda auditiva são diversas, segundo a especialista. Pode ser congênita, traumática (como, por exemplo, por meio de traumatismo craniano) ou por exposição a ruídos, sejam esses ocupacionais ou por hábitos na rotina diária. “Além disso, alguns medicamentos são considerados ototóxicos e podem determinar perda auditiva se usados por um determinado período. Pacientes submetidos a quimioterapia ou radioterapia ou que fazem uso de drogas ototóxicas também estão suscetíveis a terem a audição prejudicada”, complementa.

Para Lêda, as pessoas precisam ter consciência da importância desse sentido e entender que elas são responsáveis pela audição que terão na velhice. “A população de hoje em dia, principalmente, os jovens, está sempre com um fone de ouvido intra-auricular, que são extremamente prejudiciais à saúde auditiva”, adverte. Ela explica que, devido ao uso excessivo, o nervo auditivo entra em fadiga e acaba sendo danificado. “Costumávamos ver perdas auditivas apenas após os 50 anos, mas já estamos começando a encontrar esse perfil com mais frequência em jovens. É importante que a juventude tenha consciência dos riscos a que estão expostos e adote medidas para diminuir o impacto desse hábito em prol da saúde auditiva”.

Como forma de tentar reabilitar a surdez ou a perda auditiva, a otorrinolaringologista esclarece que as próteses são indicadas a partir do momento que se tem dificuldade de entender sons e de se comunicar. Além disso, ela explica que também é possível realizar a cirurgia do implante coclear. “Basicamente, é uma prótese auditiva que será implantado dentro da cóclea do indivíduo. Esse aparelho vai fazer um estímulo de ondas eletromagnéticas através da cóclea, que chega ao cérebro e capta esse estímulo sonoro “explica, complementando que, embora seja uma cirurgia mais comum em crianças, adultos e idosos vem se beneficiando com essa prátic

(Foto: SESI)