Em entrevista no programa Nossa Voz desta quinta-feira (16), o diretor-presidente da AMMPLA, Franklin Alves, falou sobre o aumento do preço das passagens de ônibus de Petrolina e o impasse entre mototaxistas que são contra os serviços de moto por aplicativo.
Sobre o aumento das passagens, Franklin afirmou que é uma obrigação contratual. “A AMMPLA tem que cumprir essa obrigação contratual, graças a um contrato, a uma licitação que foi realizada em 2018/2019. Hoje a Ampla tem todos os parâmetros contratuais para realizar esse aumento”, disse.
“Nós já tentamos segurar esse valor de passagem há muito tempo, mas também, o mais importante é tentar esclarecer algumas situações, principalmente ditas por alguns parlamentares que informaram que a passagem de Petrolina é a passagem mais cara, é só mencionar que, existe a passagem legal e existe a tarifa paga pelo usuário. (…) Não existe nenhuma tarifa no Brasil hoje barata, nenhuma, todas elas são acima de R$ 9,00, R$ 8. O que existe é subsídio, é isenção de ICMS e, por exemplo, na cidade de Recife, na zona Metropolitana, nós temos a isenção do ICMS sobre o combustível bancada pelo governo e também temos subsídio de quase 15 milhões pelo Governo do Estado por mês, o que significa que, a passagem sempre vai estar barata porque a passagem é subsidiada. Se tirássemos esse ICMS, esse subsídio, a passagem em Recife, por exemplo, seria mais de 10 reais”, justificou Alves.
“A gente tem trabalhado agora com o prefeito pra ver se encontra formas de subsidiar ou formas de isentar, juntamente com nosso grupo político, uma intervenção junto à Assembleia do estado para também isentar o nosso motorista tanto do complementar quanto do ônibus do ICMS, exatamente para tentar baixar essa passagem, para tentar regularizar essas situações de subsídio, mas enquanto isso não ocorrer, infelizmente por obrigação contratual, a gente tem que reajustar hoje, nós estamos trabalhando para tentar suspender o aumento dessa passagem”, afirmou.
Veja nota da AMMPLA sobre o protesto dos estudantes:
Em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (15) entre uma comissão dos estudantes e representantes da Prefeitura de Petrolina e da Autarquia Municipal de Mobilidade de Petrolina (AMMPLA) foi informado que o reajuste da tarifa foi o resultado da alta acumulada anual dos insumos que compõem os custos do transporte coletivo e complementar, especialmente as variações do óleo diesel e da mão de obra. Importante salientar que a variação de preço desses itens foi superior ao reajuste da tarifa.
A AMMPLA destaca ainda que a proposta apresentada pelos estudantes a respeito do passe-livre será analisada para que seja avaliada a viabilidade técnica. Em relação ao aparelho de ar-condicionado, a Autarquia informa que irá notificar a empresa de transporte coletivo Atlântico para que o equipamento seja ligado diariamente.
Mototaxistas x motos por aplicativo
Em relação ao impasse entre os motoristas de aplicativo e mototaxistas, Franklin explicou que foi realizada uma reunião para mediar uma solução para o conflito. “A primeira decisão foi que não utilizassem os pontos de mototaxistas, (…) outra decisão foi a não utilização de fardamentos pelo motor Uber porque, interpretando a própria decisão judicial, o moto Uber deve utilizar exclusivamente o aplicativo, então não tem razão, ao menos ao nosso ver, que o motor Uber use uma camisa discriminando a função dele, já que, na maioria das vezes, quando ele usa essa camisa, o cliente identifica a camisa e vai atrás dele e não é utilizado o aplicativo, logo há uma violação do aplicativo, um embate injusto com a própria categoria de mototaxista, porque o mototaxista usa a sua a sua formalização, a sua farda como instrumento de trabalho, já o motor o motorista por aplicativo deve utilizar o aplicativo e não um fardamento. (…) A intenção da Ampla não é sobrepujar uma categoria a outra, é que as duas categorias coexistam”, explicou.