“Um programa que nasceu para ser ponte entre povo e poder público”
Nesta semana de comemorações pelos 20 anos do programa Nossa Voz, a homenagem foi para o jornalista e criador da atração, Daniel Campos. Na edição especial, transmitida ao vivo pela Grande Rio FM, o radialista reviveu os bastidores da criação, contou curiosidades e relembrou os desafios enfrentados ainda em 2005, quando o projeto saiu do papel.
Daniel foi recebido no estúdio com entusiasmo:
“Se for dizer todo mundo que se envolve com o Nossa Voz, é verdade que teria que passar o programa todo. A equipe é grande. Essa história eu já contei umas três vezes, mas continua bombando, muita gente curtindo nas redes, mais de 3 mil visualizações na minha página”, disse, alegre.
Da encomenda ao microfone
Questionado sobre como nasceu a ideia do programa, Daniel explicou:
“O projeto foi encomendado pelo deputado Oswaldo Coelho. Ele já entendia que o rádio tinha que abraçar a informação como sua matéria-prima. Na época eu estava na assessoria dele e nos debruçamos na confecção desse projeto. Depois apresentamos à doutora Patrícia Coelho e à doutora Ana Amélia, que estava assumindo a diretoria da Grande Rio FM. Tivemos reuniões com o comercial e o marketing, até ultimar os detalhes. Em 2005 o programa estreou e foi imediatamente um sucesso, pela audiência que a rádio já detinha”.
Com o tempo, relembrou Daniel, a atração cresceu: “Virou programa de duas horas, se estendeu até Cabrobó, e hoje é essa referência que completa 20 anos”.
Fazer jornalismo em 2005: sem redes sociais e com enchentes
Sobre os desafios da época, Daniel não escondeu as dificuldades:
“Não tínhamos a tecnologia que temos hoje. A internet já estava estabelecida, mas não na velocidade de agora. Hoje o trabalho é diferente, porque junto com a rede veio a fake news. A responsabilidade dobrou, a apuração tem que ser ainda mais cuidadosa. Mas jornalista foi feito para trabalhar mesmo”.
Ele também resgatou a primeira grande pauta que marcou o Nossa Voz: a enchente de 2004 em Petrolina.
“A chuva levou pontes, isolou bairros inteiros como Cohab Massangano, São Gonçalo, Cohab 6 e Rio Corrente. No início de 2005 ainda vivíamos os reflexos. Foi um marco para a cidade e também para o programa, porque logo no primeiro mês levamos essa repercussão para o ar”.
Entre lembranças divertidas, Daniel citou a cobertura policial feita pelo repórter Farnésio:
“Ele narrou que os bandidos trocaram tiros com a polícia e disse que os policiais acertaram o retrovisor. Quando questionei, ele disse que era para não dizer outra coisa. Virou meme na época. A doutora Patrícia até me chamou para conversar, preocupada com o estilo, mas era a marca divertida do repórter”.
Ao final, Daniel resumiu com simplicidade o que representa ver o programa chegar a 20 anos:
“Esse é um resumo rápido dessa história bonita, que começou em 2005 e continua até hoje, mais forte. É um privilégio ver o Nossa Voz crescer, se reinventar e seguir como voz do povo”.
- Como nasceu a ideia do programa?



