Nossa Voz: 20 anos no ar ecoando as histórias do Vale do São Francisco

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Setembro chegou carregado de significado para a comunicação no Vale do São Francisco. O programa Nossa Voz, da Grande Rio FM, completa 20 anos de história, mantendo firme o propósito de ser ponte entre a população e o poder público. Nestas duas décadas, o jornalístico se consolidou como espaço de denúncia, cobrança, diálogo e, acima de tudo, soluções.

Um espaço que, dia após dia, deu visibilidade ao invisível, transformou o grito em palavra e a palavra em notícia.

As primeiras vozes

O início foi marcado por nomes que hoje pertencem à memória viva do rádio regional: Daniel Campos, na apresentação, e Paulo César, como primeiro repórter de rua. A eles se somaram Farnésio Silva, Waldiney Passos, Neya Gonçalves, que permanece até hoje no time, além de Vanda Torres, que assumiu a condução da bancada.

Com o passar do tempo, outras vozes ajudaram a contar capítulos importantes: Eliane Lima, Mônia Ramos, Simone Marques, Adriana Rodrigues, Davi Mendonça e Milena Pacheco.

Hoje, o compromisso segue vivo com Neia Gonçalves, Karine Paixão e o repórter de rua Marco Aurélio.

Uma escola de jornalismo

A jornalista Mônica Ramos lembra com emoção da experiência no programa, que para ela foi mais que um trabalho: foi aprendizado e transformação.

“O convite para fazer parte do quadro de Nossa Voz foi muito importante para minha vida pessoal e profissional. É, como eu comecei dizendo, foi um divisor de águas muito importante, aprendi muito. A Grande Rio FM foi realmente minha universidade, a minha escola, onde eu aprendi a valorizar cada detalhe, cada história que conheci. E foram várias histórias, algumas de chorar, outras de sorrir, muitas de contemplar e de ter a consciência da participação efetiva da comunicação na sociedade. Quando a gente está na rua fazendo reportagem, a gente se depara com muitas histórias, e muitas delas inesperadas, e a gente precisa aprender a lidar com aquela situação. E trazer isso para o maior veículo de comunicação do Vale do São Francisco, para mim, foi uma honra. Participar dessa história é algo que guardo no coração. Eu quero parabenizar toda a equipe da Grande Rio FM, do programa Nossa Voz, pelos 20 anos de atuação. Que as histórias continuem a ser contadas por esse canal tão importante para a nossa região. Quem nunca ouviu esse grito no Vale do São Francisco?”

Entre emoção e compromisso

Também marcada pela experiência, a comunicadora Simone Marques recorda que o Nossa Voz foi uma escola prática, onde passou por diferentes funções e viveu intensas coberturas.

“Eu cheguei na Grande Rio FM há 13 anos e assim que eu cheguei aqui, eu fui privilegiada de viver a experiência no jornalismo do Nossa Voz. Posso dizer que passei por todos os estágios: trabalhei na reportagem de rua, trabalhei na produção, nas mídias sociais também, pude vivenciar coisas muito especiais. Primeiro que éramos em torno de sete a oito mulheres, dividíamos a sala de jornalismo, o estúdio, as pautas, os sonhos e também as dificuldades. Hoje ainda opero o programa de vez em quando, e é uma honra, foi e é uma honra fazer parte dessa história. Já são 20 anos de um programa que, além de líder, trabalha com tanta dedicação. Eu nunca vi um jornalístico com pessoas tão dedicadas, admiro a dedicação, o amor e o compromisso com que Neya, Karine e toda a equipe lidam no dia a dia. Quando estive nas ruas, aprendi lições profundas. Lembro das periferias de Petrolina, das pessoas simples que abriam suas casas para compartilhar suas dores. Muitas vezes era difícil segurar a emoção, não voltar para casa reflexiva. O caso que mais me marcou, sem dúvida, foi a morte da menina Beatriz. Foi muito difícil estar nesse momento, ouvir tantas vezes os pais, Lucinha e Sandro, e sentir de perto a luta por justiça. Como mãe, aquilo mexia muito comigo. Hoje, olhando para trás, eu tenho orgulho de ter feito parte dessa história e desejo muito mais sucesso para o Nossa Voz.”

Coberturas históricas

Outros profissionais também relembram momentos intensos. O jornalista Danilo Ribeiro destaca a importância do aprendizado e das amizades construídas:

“Meus amigos e minhas amigas de Petrolina e toda a região do Vale do São Francisco, eu tenho orgulho de ter feito parte desses 20 anos do programa Nossa Voz. Neya, Karine, vocês são maravilhosas. Karine foi minha colega de faculdade, colega de estágio em outra emissora, e tive o prazer de continuar essa amizade na Grande Rio FM. A Neya é uma grande referência para todos nós, e eu sou muito grato. Também agradeço demais a dona Ana Amélia Lemos pela oportunidade. Foi um período maravilhoso, de muito aprendizado. Durante a semana eu fazia o Nossa Voz, se não me engano era com Beto Lupi no estúdio, e foram momentos felizes, de muito crescimento profissional e pessoal. Só tenho a agradecer.”

Já a comunicadora e empresária Adriana Rodrigues relembra a intensidade da pandemia:

“Eu cheguei ao Nossa Voz meio de paraquedas. Fui contratada para fazer entretenimento, mas logo passei a integrar o programa. Posso dizer que ali foi a minha escola de jornalismo. Fiz reportagem, produzi o blog, apresentei o programa, fiz sonoplastia. A época que mais me marcou foi a pandemia. Quando anunciamos o primeiro caso de covid-19 em Petrolina, todos estavam com medo, tudo era novo. Foi desafiador. Lembro de estar na redação imprimindo as matérias, ouvindo os relatos de famílias e entendendo que nossa responsabilidade era enorme. No Nossa Voz só se dava a notícia quando havia certeza, sem fake news, sem pressa irresponsável. Era difícil, mas foi também uma experiência de crescimento. Eu me orgulho de ter feito parte dessa história e de ter aprendido tanto com cada colega.”

Um futuro ainda por contar

O jornalista Davi Mendonça relembra que o programa lhe abriu portas para experiências nacionais.

“Falar do Nossa Voz é falar de uma grande parte da minha vida. Eu cheguei através do Nossa Voz da Boa Vista FM, onde fiquei quase 8 anos. Depois, durante a pandemia, me juntei à Grande Rio FM. Foi desafiador porque a responsabilidade é enorme: apuração rápida, imparcialidade, compromisso. Participei de coberturas com presidentes, candidatos, autoridades nacionais. Isso me marcou muito. Eu sempre digo: quem passa pela faculdade de jornalismo ainda fica devendo uma parte, precisa passar pelo Nossa Voz para aprender jornalismo de verdade. É uma escola prática, intensa e necessária. Eu tenho muito orgulho de ter feito parte dessa história.”