Com auditório lotado a APLB Sindicato em Juazeiro reuniu nesta sexta-feira (04), trabalhadores da rede municipal em educação para deliberação sobre pagamento integral dos 33,24% referentes ao piso nacional do magistério. Mais uma paralização de 72h foi definida e a APLB está convocando todos para uma grande mobilização e passeata na próxima segunda-feira (07) com concentração marcada para 8h na sede da APLB, seguindo todos os protocolos de biossegurança. Para a terça-feira (08) pela manhã há uma convocatória para que todos sigam à Câmara de Vereadores pela manhã para levar as reivindicações aos vereadores.
Nesse momento, para a APLB Sindicato, é preciso que todos os trabalhadores em educação solicitem aos demais profissionais ligados à educação, além de professores, os coordenadores e gestores para se engajarem ao movimento, pois a unidade reforça a luta pelos direitos de todos.
“Estamos abertos à conversa e precisamos da força da Câmara de Vereadores. É imprescindível que os vereadores procurem a entidade para ter conhecimento do que está acontecendo. A câmara é a representatividade do povo e precisa tomar pé e tentar intermediar. Mais uma vez todos atenderam nosso chamado e estamos mais fortes do que nunca. Os trabalhadores reivindicam seus direitos reais e o que estão dando agora é apenas a reposição da inflação de 10,3%. Precisamos entender o discurso do governo. Sempre tivemos uma relação amistosa com as gestões anteriores e precisamos manter isso. Educação é coisa série e precisamos sustentar o diálogo firme”, ressaltou Gilmar Nery, diretor da APLB Sindicato em Juazeiro.
“Nunca deixei de estar nessa luta. Dizem que quando nos aposentamos o primeiro nome que vem à cabeça é ativos e inativos. Mas não estamos inativos, pois nunca deixamos de pertencer à luta. Todo ano brigamos pelos direitos dos profissionais e representamos os aposentados, mas não vamos deixar de estar junto dos ativos. Lembro que no governo passado não tivemos problemas. Estamos juntos nessa luta para que tenhamos o direito de receber esse reajuste”, afirma o presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Juazeiro, João Pereira Régis.
O vereador Alex Tanury participou da assembleia e lembrou que é filho de professora e firmou compromisso de lutar pela causa dos professores. “Meu gabinete está à disposição e, se não estivermos atentos, em poucos anos o piso vai acabar virando teto. Nas gestões anteriores todos os gestores deram o piso e mais um pouco. Essa gestão é ditadora e fui inclusive barrado para não participar de uma das reuniões. A gestora não conhece a luta dos trabalhadores em educação de Juazeiro. Farei o possível para que esse projeto chegue do jeito certo para que seja votado. Na próxima semana acontecerão três sessões ordinárias e na sexta está sendo convocada uma extraordinária sem direito a fala. Seria importante a participação de todos, pois o que vemos hoje em Juazeiro é um desmonte da educação”, afirma o vereador.
Através de vídeo enviado ao diretor da APLB Sindicato em Juazeiro, o Prof. Ruy Oliveira, coordenador da APLB Sindicato no Estado mandou o seguinte recado: “Quero hipotecar total solidariedade aos trabalhadores em educação da unidade de Juazeiro e asseguro que podem contar comigo e com a APLB estadual. Continuem lutando para receber o reajuste total”.
“Quero parabenizar a luta do sindicato que é uma luta conjunta. Informo a todos que estou voltando a me sindicalizar porque precisamos estar juntos e lutar para consolidar nossa unidade, nossa base ideológica. Quero dizer ao professor que o lugar de luta é aqui, na APLB, e alertamos aos novos que entraram agora através do concurso que se informem e aprendam para poder garantir seus direitos”, disse o professor Agnaldo José de Souza. Já a professora Rosilda Marques disse que “as mulheres de Juazeiro que ingressarem na política estão desacreditadas a parte do comportamento da atual gestora. Nossa luta é justa e não pode compactuar com quem só busca nos derrubar”.
Fazendo uma análise de tempo, a professora Dionária Bim, falou que os professores estavam ali, em assembleia fazendo uma retrospectiva de avanços conquistamos ao longo dos anos. “Sou atuante junto com os demais desde 1996, mas o embate já foi maior. De 2009 para cá vimos que a realidade mudou porque nós conseguíamos ser recebidos e sentar e resolver os problemas. Os mais afetados seremos nós em final de carreira e aposentados. Se nesse momento deixarmos acontecer o que o governo está ameaçando fazer, vamos perder. Não podemos abaixar a cabeça. Os trabalhadores em educação de Juazeiro sempre foram referência para todos na região”, enfatizou.
Para os trabalhadores em educação é necessário que todos tenham o mesmo alinhamento, porque o que categoria não quer ver, é que a educação de Juazeiro regrida vendo o Plano de Cargos e Carreira ser rasgado. Todos foram unânimes em afirmar que os profissionais precisam mostrar a força necessária para assegurar uma união cada vez maior em busca dos direitos de todos.
“Esse é um momento de muita dificuldade, pois o medo do oprimido sempre fortalece o opressor e estamos sendo massacrados todos os dias. Vemos hoje a desvalorização chegando a nós, mas precisamos da união de todos para uma grande manifestação com participação maciça dos trabalhadores em educação. A união é importante, pois fortalece a luta principalmente com novos engajamentos ao sindicato”, enfatizou Prof. Antônio Carlos, consultor técnico da APLB.