No evento em andamento, intitulado Nossa Voz nos Bairros do José e Maria, os moradores da Vila Eulália e áreas circundantes expressaram diversas preocupações e necessidades em relação aos serviços de saúde em suas comunidades.
Um dos pontos de destaque foi a demanda por uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na Vila Eulália, uma vez que os moradores estão enfrentando dificuldades para acessar serviços médicos, tendo que se deslocar até o bairro Antonio Cassimiro. A situação é agravada pelas obras em andamento na comunidade, que tornaram o acesso ao Ouro Preto mais distante.
Uma moradora, residente no bairro há quase 10 anos, enfatizou a importância de um posto de saúde local, principalmente para casos de necessidade imediata. Ela destacou que, enquanto a construção de uma Assistência Médica Especializada (AME) ou de um posto de saúde não ocorre, a comunidade deveria contar pelo menos com um clínico disponível para atender às necessidades básicas de saúde.
Carol Freire, Secretária Executiva de Saúde Básica, reconheceu o pedido da comunidade e informou que estão trabalhando para incluir uma UBS na Vila Eulália. Atualmente, os moradores estão sendo atendidos no Antonio Cassimiro devido às reformas em andamento. Ela explicou que estão avaliando cada área e tentando alocar recursos para atender a essa demanda. Carol Freire também mencionou que estão buscando habilitar novas equipes de saúde, mas ainda não há uma equipe na Vila Eulália. No entanto, estão considerando a possibilidade de alugar uma casa para garantir a assistência à comunidade. Ela assegurou que o secretário de saúde está ciente da situação e tomará medidas para atender às demandas.
Outra preocupação levantada foi a falta de horários e a escassez de fichas para atendimento. Uma moradora do José e Maria expressou seu descontentamento com a necessidade de chegar às 2h da madrugada para conseguir atendimento médico, além da falta de medicamentos. Carla respondeu afirmando que estão trabalhando para evitar a espera durante a madrugada. A meta é acolher todos os pacientes e direcioná-los para atendimento no mesmo dia. No entanto, ela reconheceu que pode haver dias em que não seja possível atender a toda a demanda, especialmente para procedimentos específicos, como odontologia e consultas médicas.
Marlene Leandro, Secretaria Executiva de Vigilância Epidemiológica, contou sobra estratégias para facilitar a vacinação da população, incluindo a abertura de uma unidade de saúde aos sábados até o meio-dia, bem como ações nas escolas e comunidades.
Outro ponto abordado foi a necessidade de reformas na unidade de saúde do bairro Dom Avelar, que enfrenta problemas de alagamento durante as chuvas. Além disso, foi mencionada a importância de atender adequadamente a demanda das pessoas autistas, considerando reuniões anteriores com a AMASF e os esforços realizados junto ao prefeito e ao secretário de saúde para abordar essa questão.
