Conscientizar os homens sobre os cuidados com a saúde e quebrar tabus em relação ao exame de prevenção ao câncer de próstata, esse é um dos objetivos da Campanha Novembro Azul. De acordo com Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano, mais de 65 mil homens desenvolvem a doença no Brasil.
Para esclarecer as dúvidas em relação à prevenção ao câncer de próstata, o médico urologista, Nathanael Modesto, esteve no estúdio do Nossa Voz esclarecendo as dúvidas dos ouvintes.
“Existem fatores de risco do câncer que não conseguimos modificar como: a idade (acima de 50 anos), fatores genéticos familiares e a etnia. Existem já outros que conseguimos alterar que são: obesidade, tabagismo e a exposição a substâncias químicas”, explicou Nathanael.
O urologista informou que os sintomas são incertos e diferentes para cada pessoa, por isso é importante realizar os exames regularmente. “Para a maioria dos casos de câncer em estágio inicial, não há sintomas, então não dá para procurar um especialista. É importante que o homem, a partir de 50 anos converse com o médico sobre os riscos para iniciar os exames necessários. Quem tem um histórico familiar com câncer, deve procurar o médico antes, entre 40 e 50 anos. Os sintomas são poucos vagos, e são bem parecidos com a próstata aumentada, como a dificuldade para urinar, acordar diversas vezes à noite para ir ao banheiro,ter o jato mais fraco e desconforto na hora da micção”, conta ele.
O especialista reforçou a necessidade de realizar os dois exames, o de toque e o PCA (exame de urina), para ter uma segurança no resultado final. “Um exame não substitui o outro. Existe um grupo de tumores de próstata que não aumentam com o PCA e só conseguimos identificar com o exame de toque. Assim como, o toque pode estar normal e o PCA em que sofre alteração. É necessário fazer os dos”, conta Nathanael.