“Num tempo certo e oportuno haverá reciprocidade”, diz João Campos sobre aliança do PSB com União Brasil

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Presente em Petrolina para consolidar a aliança entre o PSB e o União Brasil em Recife e Petrolina, o prefeito da capital pernambucana, João Campos (PSB), ignorou a ruptura do grupo político do ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, e revelou os termos presentes na reconstrução desse elo. Vale a pena lembrar que Miguel Coelho foi eleito pelo PSB em 2016, mas rompeu com o, na época, governador Paulo Câmara (PSB) e foi reeleito pelo MDB. Ao disputar o governo de Pernambuco, Coelho filiou-se à União onde se mostra cada vez mais confortável, principalmente após a mudança na presidência nacional da legenda. 

Ao visitar Petrolina na última sexta-feira (14), João Campos fez questão de celebrar a “aliança nas duas principais cidades de cada partido, Recife e Petrolina, conforme sua própria definição”. “Mais do que uma aliança política, a gente tem visto que os dois projetos, tanto em Recife quanto em Petrolina, têm sido bem reconhecidos pelo povo, pela sua população. Isso faz muita diferença. Também quero agradecer aos dirigentes nacionais, isso não seria possível se não fosse o apoio político de [Antônio] Rueda, de Elmar Nascimento, de toda direção nacional do União Brasil que ajudou a construir essa unidade e, claro, num tempo certo e oportuno haverá reciprocidade, reconhecimento, porque política se faz com reconhecimento e gratidão”. 

Mesmo se tratando de processos locais, Campos destaca a importância dessas composições, visando, inclusive, projetos futuros. “É natural que, na política, você tenha reflexos das decisões tomadas nos partidos nos principais colégios e a gente tem trabalhando nos municípios em que o PSB administra, tem composição em chapas majoritárias. A gente, hoje, tem 39 prefeitos nos estado do nosso partido, tem prefeitos que são aliados que estão em partidos aliados, então, isso a gente vai construindo e é natural haver reflexo nas outras cidades como estamos construindo”.

Sobre os impactos dessa aliança, principalmente para as chapas proporcionais, o prefeito do Recife não se flexibiliza. “Os partidos têm composições muito específicas em cada cidade, em cada localidade. Nós temos um limite de prazo para filiação, que é o dia 06 de abril, e muitas vezes esses prazos não se conversam. Então, as amarrações, decisões dos diretórios, das alianças políticas, quando elas se dão depois do prazo de filiação, nem sempre essa aliança política se dá no momento de reconhecimento eleitoral. O que é mais importante aqui? É que há um compromisso selado, público, anunciado e político. O PSB apoiará o União Brasil em Petrolina e o União Brasil apoiará o PSB em Recife. E política é feita com reciprocidade, equilíbrio de forças, buscando qual é o projeto prioritário”, finalizou.