O Dia Mundial do Cérebro, celebrado neste sábado, 22 de julho, conscientiza sobre a importância da saúde do órgão

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Aprender é ótima alternativa para prevenir e retardar doenças no cérebro

O Dia Mundial do Cérebro, celebrado neste sábado, 22 de julho, conscientiza sobre a importância da saúde do órgão

A população, de forma geral, tem vivido mais, e isso tem acarretado o aparecimento de doenças típicas da idade. Entre os principais problemas que acometem os idosos estão as doenças neurodegenerativas, com destaque para o Alzheimer e o Parkinson, além do acidente vascular cerebral (AVC). Mas por que a prevalência desses males neurológicos são os que mais afetam o cérebro?

“O cérebro é a chave para o envelhecimento saudável. À medida que vamos envelhecendo, o órgão acompanha esse processo. Seja por causas genéticas ou ambientais, o envelhecimento pode gerar falhas que acabam afetando as funções cognitivas (de processamento das informações) e as motoras (de movimento e de equilíbrio), incapacitando parcial ou totalmente as pessoas”, explica o dr. Marco Aurélio Borges, neurologista do Instituto de Neurologia de Goiânia.

Como manter a saúde do cérebro?

De acordo com o neurologista, uma forma simples de manter a saúde cerebral é permanecer aprendendo coisas novas. Isso ocorre, de acordo com o médico, porque, quanto mais estimulamos o cérebro, mais ampliamos a quantidade de conexões realizadas entre os neurônios.

“Isso aumenta nossas chances de prevenir ou de retardar algumas doenças”, explica o dr. Marco Aurélio, citando como exemplos o aprendizado de um novo idioma e a realização de qualquer outra ação que resulte em aprendizado, para que o cérebro crie conexões, que são novas vias de execução das funções cerebrais.

Outras dicas

Atividades físicas também estão entre as principais ações que promovem a saúde do cérebro.

O neurologista destaca que, ao realizamos 150 minutos semanais de atividades físicas, o corpo libera o hormônio chamado irisina, que produz um efeito positivo sobre o sistema neurológico.

Além das ações já citadas, uma alimentação saudável compõe o conjunto de alternativas para a boa saúde cerebral. Uma alimentação balanceada, com pouco consumo de carnes vermelhas e mais ingestão de peixes e de grãos, ajudam a manter o cérebro em bom estado.

Dia Mundial do Cérebro

Para ressaltar a importância do órgão e promover a conscientização sobre a importância de mantê-lo saudável, foi instituído o Dia Mundial do Cérebro, celebrado em 22 de julho.

A data é propícia para difundir informações relevantes sobre o órgão e para, principalmente, alertar a população sobre como reconhecer e buscar a prevenção e a proteção de doenças que mais afetam o cérebro, entre elas, o acidente vascular cerebral, Alzheimer e o Parkinson.

Doença de Alzheimer

No Brasil, o Alzheimer é a doença neurodegenerativa de maior prevalência. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 1,2 milhão de pessoas têm a doença e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano.

A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno causado pelo acúmulo de fragmentos de proteínas, tóxicas, que se depositam dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Esse transtorno é progressivo e fatal e gera a deterioração cognitiva e da memória.

Os principais sintomas da doença são: falta de memória para acontecimentos recentes; dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos; dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos; dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais; irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

Doença de Parkinson

Outra doença neurodegenerativa recorrente na população é o Parkinson. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a doença. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas sofram com o problema.

Esse transtorno causa a degeneração das células responsáveis pela produção da dopamina, substância que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos.

Como resultado, os acometidos pelo Parkinson apresentam aumento gradual dos tremores (podendo afetar dedos ou as mãos; queixo ou cabeça; e pés), maior lentidão de movimentos, caminhar arrastado dos pés e postura inclinada para frente.

Tipos de AVC

O AVC hemorrágico ocorre quando há ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro, resultando em sangramento no tecido cerebral ou nas áreas ao redor. Já o acidente vascular cerebral isquêmico acontece quando há obstrução ou redução significativa do fluxo sanguíneo em um vaso cerebral, devido a um coágulo de sangue (trombo), que se forma no local ou é transportado de outra parte do corpo até o cérebro (tromboembolismo).

Fonte: Assessoria de imprensa Grupo Kora Saúde