E agora, Petrolina? Milhares de petrolinenses recebem o Bolsa Família. Este programa, mensalmente, despeja quase R$ 33 milhões, redondos, na cidade. Esse recurso é distribuído na economia local com significativo sucesso.
As famílias são beneficiadas e o comércio varejista contabiliza ganhos consideráveis. E aquela população marginal, quase clandestina, aparece também como beneficiária desse programa, confrontando números oficiais. Gente que vive nas calçadas, andarilhos, dependentes químicos e pedintes que vagam pelo centro da cidade.
Mesmo com todos os esforços de órgãos do município e governos, estadual e federal, é muito comum ver pessoas em semáforos, nas portas da Caixa Econômica Federal, além das principais praças e avenidas de Petrolina. E também são crescentes os problemas do comércio com pequenos furtos e até arrombamentos registrados, com boletim de ocorrência na polícia.
Mas, a experiência de especialistas garante que a polícia, sozinha, não resolve. São necessárias ações efetivas da Prefeitura de Petrolina, com incremento social, para resultado a médio prazo. Há relatos que apontam que alguns usuários de crack no centro da cidade negociam seus cartões do benefício federal com agiotas e oportunistas, que visam apenas o lucro fácil, alheios ao quadro de miséria num consistente flagrante que precisa de solução.