Hoje, o programa “O Nossa Voz” recebeu o vereador Ruy Wanderley, que trouxe à tona a questão crucial do piso salarial dos profissionais de enfermagem. Durante a entrevista, o vereador expressou sua profunda preocupação e comprometimento com a causa, destacando que essa é uma luta que envolve não apenas os agentes de saúde, mas também a saúde pública em todo o país.
“Foi uma mobilização por partes profissionais, quando conseguiram o apoio da Câmara de Deputados, depois do Senado e isso foi uma peleja muito grande uma luta grande da categoria junto inicialmente aos seus vereadores”, analisou.
O vereador destacou a importância dos profissionais de saúde em Petrolina e ressaltou que o prefeito tem a responsabilidade de regulamentar a matéria por lei. “Petrolina a gente vê a importância desse profissional, é uma obrigação dos nossos prefeitos e de todos os prefeitos do país de poder regulamentar essa matéria através de lei”, afirmou Ruy.
Ele também mencionou a preocupação com a demissão de profissionais de saúde em algumas prefeituras, devido à dependência de recursos federais “É um recurso federal, não consigo entender como que já têm prefeitura querendo demitir pensando em demissão, porque é um recurso de 100% Federal. No nosso caso, o prefeito só vai pagar o salário se o dinheiro vier do governo federal, uma parte não é suficiente ou uma negociação”, salientou o vereador.
Além disso, o vereador informou que, segundo o entendimento da categoria, o salário deve ser pago no dia 20, com o início dos pagamentos ocorrendo no mês de outubro. “O governo federal vai enviar até o meio de dezembro. Petrolina vai iniciar a diferença do mês de maio, na medida que o governo federal enviar os recursos a Petrolina, a cidade vai pagar o mês de junho, julho a diferença. Enfermeiros e técnicos vão receber, vai ser paga a diferença do mês de maio”, contou Ruy.
Ruy esclareceu que o subsídio do governo federal tem um prazo para encerrar, mas ele acredita que as contas municipais serão capazes de cobrir essa folha de pagamento após o fim desse subsídio. Ele expressou confiança na capacidade de organização do município e na colaboração entre o governo federal, a prefeitura e os servidores para garantir que o piso salarial seja pago.
“Eu acredito que Petrolina já tem suas contas arrumadas e que não é o caso de outros municipios, mas no caso da nossa cidade já está bem encaminhado e não vai ter dificuldade que não vai ter dificuldade para que o servidor municipal venha receber o piso”
Ruy explicou que o valor da diferença no piso salarial varia de acordo com a categoria, com técnicos de enfermagem de 30 e 40 horas enfrentando uma diferença de R$936, enquanto os enfermeiros de 30 horas enfrentam uma diferença de R$1.700.
Ruy explicou que essa batalha começou com uma mobilização apaixonada por parte dos profissionais de saúde, que buscaram o apoio tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado. Ele ressaltou que, como vereador, foi procurado por representantes da área da saúde em Pernambuco, pedindo sua intercessão junto aos deputados federais do estado e senadores.
Em 2021, Ruy apresentou o requerimento nº 181, solicitando o apoio dos parlamentares Fernando Bezerra, Gonzaga Patriota, Fernando Filho e André Ferreira para que a categoria fosse apoiada integralmente e o projeto fosse aprovado o mais rapidamente possível.
Em 2023, após a aprovação na Câmara e no Senado, Ruy apresentou o requerimento nº 292 ao prefeito Simão, pedindo que ele encaminhasse o projeto que está atualmente em discussão. Ruy enfatizou que se trata de uma questão federal, mas agora cabe aos prefeitos regulamentar a matéria por meio de lei. “ É uma matéria que vem do governo federal, foi aprovado pela câmara e houve interferência do STF. Por isso, o projeto de Petrolina já garante que caso haja mudança no STF não tenha que aprovar outra lei”, destacou.
Ele expressou seu descontentamento com a interferência do Supremo Tribunal Federal (STF) na legislação, enfatizando a importância do Poder Legislativo no processo de criação de leis.
“Eu acho ruim para todo cidadão brasileiro quando há interferência direta do STF no poder legislativo, no congresso nacional. Isso é ruim, isso não pode acontecer porque se continuar acontecendo para que precisa da câmara, deixa o STF fazer as leis. Quem faz as leis é o legislativo, infelizmente a gente tem visto alguns atropelos lá no no na câmara no Senado e no STF e que prejudicou um pouco a categoria”, finalizou.