Rozinaldo Alves, gerente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes (AMTT) de Juazeiro, comentou sobre os desafios enfrentados na obra da travessia urbana. Segundo ele, “o grande problema que enfrentamos hoje na pasta é a questão estrutural. Juazeiro é uma cidade que tinha duas avenidas, ambas estão agora em fase de ampliação, e não tem como evitar transtornos diante dessa situação.”
Alves destacou a falta de atuação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Juazeiro, em contraste com a presença mais ativa do órgão em Petrolina. “Diariamente, cobramos uma posição do DNIT, mas não sabemos o motivo pelo qual o DNIT em Petrolina é tão atuante enquanto em Juazeiro se ausenta”, afirmou.
Ele mencionou ainda que “a prefeita de Juazeiro teve uma reunião com o prefeito de Petrolina para tentar resolver essas questões, pois o caos no trânsito de Juazeiro também afeta Petrolina.”
A região entre Juazeiro e Petrolina é bastante movimentada, com uma média de 400 a 500 mil veículos circulando diariamente. Sobre os desvios que têm causado transtornos e a fiscalização para organizar as vias alternativas, Alves explicou: “Temos uma parceria com a PRF que dá poder de fiscalização apenas no mercado do produtor. Na parte onde está sendo feita a intervenção, não temos acesso, pois são áreas de domínio do DNIT e da PRF. Não compete à AMTT a sinalização e fiscalização dessas áreas.”
Alves também enfatizou a ausência de comunicação do DNIT com a prefeitura sobre o cronograma das obras. “A obra começou entre agosto e setembro do ano passado e está dentro do cronograma, mas o DNIT não repassa ao município as mudanças. A prefeitura está sendo a última a saber.”
Apesar da falta de diálogo com o DNIT, Alves mencionou a boa comunicação com o engenheiro da obra, que fornece algumas informações à prefeitura. “As duas rampas serão duplicadas e toda a parte da ponte será demolida. Estamos tentando coordenar as ações de maneira semelhante ao período da duplicação da ponte, com restrições de horário para caminhões maiores, das 22 horas às 6 horas da manhã.”
Rozinaldo Alves também criticou a ausência de coordenação e comunicação do DNIT em Juazeiro, comparando com a situação em Petrolina, onde há reuniões periódicas para discutir o andamento das obras. Ele atribui parte dos problemas à “politicagem” que atrapalha o progresso da travessia urbana em Juazeiro.