A segunda fase da operação “Premium Mandatum”, deflagrada nesta quarta-feira (27) pelo Ministério Público da Bahia (MPBA), resultou na prisão temporária de quatro suspeitos de integrar uma das maiores facções criminosas do Brasil. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 44 milhões em bens dos investigados, com base nas apurações do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco).
A operação contou com apoio da 17ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), de Juazeiro; do Comando de Policiamento da Região Norte, por meio da Rondesp; do Comando de Policiamento de Missões Especiais, por meio da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Caatinga; do Gaeco do Ministério Público de Santa Catarina e do 6º Batalhão da Polícia Militar de Santa Catarina.
Na Bahia, os mandados foram cumpridos em Senhor do Bonfim, Sobradinho, Juazeiro e Casa Nova. Em Santa Catarina, as ações ocorreram no município de Bom Retiro.
Asfixia financeira da facção
O objetivo desta fase foi enfraquecer a estrutura financeira do grupo criminoso. As investigações identificaram movimentações bancárias atípicas e contatos suspeitos entre integrantes da organização, levantando indícios de lavagem de dinheiro e financiamento do tráfico de drogas.
As informações foram obtidas a partir da análise de celulares apreendidos no Conjunto Penal de Juazeiro (CPJ), especialmente de indivíduos de Senhor do Bonfim e Juazeiro. O material foi recolhido na primeira fase da operação, iniciada em maio de 2023, que já resultou na denúncia de 47 pessoas.
