A Associação de Polícia Científica de Pernambuco (APOC-PE) encaminhou uma nota referente aos artefatos explosivos apreendidos com torcedores no começo do ano. No informe, a entidade diz ser importante salientar que estes artefatos e a solicitação de perícia não foram encaminhados corretamente à Polícia Científica.
Veja os termos abaixo:
Sobre os artefatos explosivos apreendidos com membros da torcida organizada do Sport em 20 de janeiro de 2024, a Associação de Polícia Científica de Pernambuco (APOC-PE) esclarece que a delegada da Polícia Civil não encaminhou os artefatos nem solicitou a perícia nas bombas ao órgão apropriado, que é a Polícia Científica de Pernambuco.
Os artefatos, juntamente com a solicitação de perícia, foram erroneamente enviados para a Polícia Militar, que não tem a função de realizar perícias.
Vale ressaltar que há uma portaria específica em Pernambuco que não foi seguida.
Conforme a determinação vigente, em casos de apreensões de material explosivo avaliado como não apresentando risco iminente à segurança, a equipe especializada em explosivos do CORE deve dirigir-se ao local e, mediante requisição do Delegado de Polícia, providenciará o encaminhamento do material para perícia criminal em laboratório.
Se um Perito Criminal já tiver realizado os exames necessários no material explosivo no local e avaliado que não há necessidade de encaminhamento para laboratório, compete ao Delegado de Polícia, em decisão fundamentada, autorizar a destruição do excedente pelo CORE.
É importante destacar que a eliminação de artefatos explosivos antes da condução da perícia criminal pode resultar na destruição de potenciais amostras biológicas, as quais seriam cruciais para desmantelar grupos criminosos. Isso é mais um demonstrativo de como as competências e prerrogativas da perícia oficial de natureza criminal não vêm sendo respeitadas no âmbito gerido pela SDS, e como isso trás severos prejuízos à sociedade.
Fica aberto o espaço para a Policia Civil… caso veja necessidade de esclarecimentos.
