Em entrevista ao programa Nossa Voz da Rádio Grande Rio FM, Públio Ramalho, diretor do Sindicato dos Representantes de Postos de Combustíveis de Pernambuco, esclareceu diversas dúvidas sobre a oscilação dos preços dos combustíveis em Petrolina e região. Ele explicou que a formação do preço da gasolina é complexa e envolve múltiplos fatores, desde a refinaria até os impostos estaduais e federais, além dos custos operacionais dos postos.
“Não se reclama do preço da pizza ao entregador, e o mesmo se aplica aos postos de combustíveis. O preço é formado lá em cima, na refinaria, passando pela distribuidora e outros encargos, antes de chegar ao consumidor final,” explicou Ramalho.
Públio Ramalho também esclareceu a questão das diferenças de preços entre Petrolina e Juazeiro. “Petrolina tinha preços mais baratos que Juazeiro, mas isso mudou. O mercado é livre, e os donos de postos podem aplicar preços de acordo com seus custos operacionais, que incluem variáveis como o IPTU,” afirmou.
Uma questão levantada por Luciano, ouvinte do programa, sobre a influência da mudança na presidência da Petrobras nos preços, foi prontamente respondida. Ramalho explicou que a refinaria da Bahia, onde muitos postos compram combustível, não é mais da Petrobras. “Desde 2017/2018, a refinaria é privada, pertencente a um grupo árabe chamado Selen. Portanto, a mudança na presidência da Petrobras não afeta diretamente os preços da refinaria na Bahia,” disse.
Ramalho mencionou também os custos adicionais que impactam o preço final dos combustíveis. “O frete de Recife para Petrolina gira em torno de 40 a 45 centavos por litro. Além disso, o pátio de triagem em Suape adiciona mais custos ao processo, que são repassados ao consumidor final,” explicou.
Ao oferecer uma perspectiva adicional sobre as flutuações de preços, Ramalho citou: “É importante considerar que, mesmo que haja diferenças nos preços de compra entre distribuidoras, essas diferenças são mínimas, muitas vezes da ordem de centavos.”