Avaliando as críticas feitas à sua gestão, feitas pelo prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, considera natural a movimentação do emedebista que enfrenta resistência dentro da própria legenda para validar a candidatura ao governo do estado no próximo ano. Em entrevista ao Nossa Voz desta sexta-feira (13), entretanto, Câmara voltou a listar os avanços alcançados nos últimos anos e rechaçou a afirmação feita por políticos petrolinenses de que governa de costas para o Sertão.
“Eu tenho muita responsabilidade e cuidamos de Pernambuco de forma muito igual em todas as regiões. É só ver o que a gente já fez na educação pública com as escolas de tempo integral, todo cuidado que temos tido em melhorar a segurança no interior, o que foi feito agora na pandemia, com tantos leitos de UTI abertos no Sertão, inclusive com novas estruturas como o Hospital Eduardo Campos em Serra Talhada. Então, há um cuidado muito grande de governar com o pé no chão, fazer o que precisa ser feito, de fazer o equilíbrio das contas e buscar alternativas para investimentos para geração de emprego e renda”.
Para Paulo Câmara, os argumentos do prefeito Miguel Coelho e membros do seu grupo político estão pautados no alinhamento com o governo Bolsonaro. “As críticas sempre vão existir e são bem-vindas, fazem também a gente ter a condição de avaliar todo o nosso trabalho, agora, são maneiras diferentes de pensar. Nossa oposição pensa diferente, nossa oposição defende o governo Bolsonaro, a nossa oposição acha que o Brasil está bem e que Pernambuco está mal. Mas eu a vocês o contrário, eu acho que Pernambuco está superando os desafios que o Brasil criou de maneira muito responsável e quer agora ajudar o Brasil a mudar”.
Sendo assim, o governador considera que o debate eleitoral sobre a sucessão estadual estará atrelado à polarização nacional e reiterou seu posicionamento contrário à forma como o presidente da república vem conduzindo o país. “É dessa forma que vamos continuar discutindo, debatendo o bom debate. Os anos eleitorais têm também essas vantagens de discutir o futuro, discutir ideias para melhorar a vida da população e ao mesmo tempo prestar contas de tudo que foi feito. Então, em 2022 nós vamos ter a oportunidade de dizer tudo aquilo que nós fizemos e apoiarmos candidaturas que querem continuar a forma de pensar de Pernambuco e a forma que querem mudar o Brasil. Este vai ser o debate de 2022; quem quer manter o Brasil do jeito que está ou quem quer mudar o Brasil. É isso que a gente vai fazer aqui em Pernambuco também”, finalizou.