Pavimentando candidatura ao governo, Miguel prega coletividade: “Não podemos ter vaidade, egoísmo, excesso de ego”

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Mais uma vez pregando união e o protagonismo pernambucano no cenário nacional, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho ingressa no Democratas com um projeto de mudança no modelo de gestão estadual. Seu nome está à disposição para a disputa pelo governo do estado, assim como o da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL) e o prefeito de Olinda, professor Lupércio (SD). Todos foram reeleitos em seus municípios em 2020 e estão dispostos a alçarem voos maiores na política pernambucana. 

A seu favor, Miguel ostenta mais de 90% de aprovação em Petrolina. A informação foi aferida em pesquisa recente e divulgada num blog da capital. Em entrevista ao Nossa Voz desta segunda-feira (20), Coelho assegura que o modelo empreendido na sua cidade pode ser replicado em todo o estado. “Gestão é gestão em qualquer cidade, em qualquer esfera, o que muda é a complexidade, são as projeções e o alcance das ações. A gente não pode achar que um estado por estar ruim ou por estar em alguma posição negativa como, infelizmente, Pernambuco está neste momento, está fadado a continuar assim. Muito pelo contrário. A gente tem que ter a indignação e principalmente a coragem para mudar tal realidade. É com esse sentimento de mudança, mas também trazendo essas referências do que nós conseguimos alcançar e conquistar em Petrolina, que a gente vem incentivando esse debate a nível estadual”. 

Entre as falhas do governo Paulo Câmara, Miguel volta a apontar baixos índices de crescimento socioeconômicos, com menor geração de emprego, poucos investimentos em infraestrutura, educação, segurança e saúde no Nordeste. “Isso mostra o hiato, a falta de liderança, falta de projetos para garantir um novo capítulo de progresso e de protagonismo de Pernambuco. Pernambuco vem perdendo o seu protagonismo para todos os Estados do Nordeste praticamente. Então, isso não está certo, a gente precisa mudar, precisamos engatar uma marcha que possa devolver o ritmo acelerado, não só das grandes obras, mas principalmente das políticas sociais inclusivas e que  a gente tem que transformar o estado de Pernambuco num estado propício a fazer negócios”. 

Na lista de soluções apontadas, o prefeito de Petrolina aponta para a redução da carga tributária para atração de novos investimentos da iniciativa privada, ampliando a abertura de novos postos de trabalho. “Temos que conciliar pautas de inovação em tecnologia com a geração de empregos, temos que desburocratizar. Nós temos um estado que tem uma das maiores cargas tributárias do Nordeste. Precisamos reduzir isso, tem que pesar a questão do equilíbrio fiscal mas também sem onerar demais o setor produtivo, porque se não será uma conta que não fecha, uma conta burra ao meu ver. Por que do que adianta o governo do estado ter dinheiro se ninguém está investindo no estado? Você vai ter uma conta muito maior de desempregados e é o que já vem acontecendo e acumulando em Pernambuco. Então, a gente precisa reverter essa lógica”. 

Outro problema drástico, segundo Miguel Coelho, é a falta d’água recorrente. Isso motivou o processo de municipalização do sistema de abastecimento em Petrolina. “Não é só uma briga de Petrolina, Pernambuco é o pior estado em abastecimento de água e saneamento básico no Brasil. E isso não é Miguel que está falando apenas, é o IBGE, ou seja, um estudo nacional. Então, se o Estado não tem a competência de colocar água nas torneiras das pessoas, como pode querer falar sobre um projeto de futuro? São premissas que precisam ser trabalhadas, detalhadas, esmiuçadas logo na partida até porque temos que fazer um debate franco e transparente, muito claro para que as pessoas possam se sentir representadas e acolhidas em nossas palavras, em nossas propostas, até porque nós só iremos mudar, melhorar, fazer de novo um Pernambuco altivo com união”. 

Sobre o ingresso no DEM, Miguel deixa clara a sua intenção de disputar o cargo de governador, mas respeitando o espaço das demais legendas que compõem a oposição no estado. “Nós estamos unidos e super entendidos, agora o que tem na oposição é um bom problema, podemos dizer assim. Porque nós temos bons nomes, além do nosso nome que está colocado, tem a prefeita de Caruaru, o prefeito de Jaboatão, o prefeito de Olinda, enfim, tantas outras pessoas que podem jogar em qualquer posição. E a gente deixa muito clara a nossa estratégia de que precisamos combinar a nossa estratégia juntos em prol da mudança de Pernambuco. Não podemos ter vaidade, egoísmo, excesso de ego para poder pensar apenas no eu. Isso vai dar errado. Temos que pensar nos nós, temos que pensar no coletivo e na mudança urgente que Pernambuco está precisando”, ponderou. 

O ato de filiação de Miguel Coelho ao Democratas acontece no próximo sábado (25), na capital pernambucana. O evento contará com diversas lideranças do partido. “Estou muito feliz com a opção que fiz de poder estar ingressando nas fileiras do Democratas, um partido que já conta na sua história seis ex-governadores de Pernambuco, então mostra que tem perfil, bons quadros, mas que tem preparo e visão para liderar Pernambuco”.