“Nosso primeiro projeto, se for eleito prefeito de Juazeiro, será criar o Dia do Abraço entre Juazeiro e Petrolina”. Com essa declaração, o ex-deputado estadual e coordenador do Núcleo Regional de Saúde da Região Norte da Bahia, Pedro Alcântara, reafirmou sua pré-candidatura a prefeito da citada cidade baiana, a Nossa Voz desta segunda-feira (06). Integrante do PSD, ele falou sobre o orgulho de compor a base de Jerônimo Rodrigues e sobre o papel determinante do governador na definição do candidato de oposição à prefeita Suzana Ramos.
“Na reunião com o governador ficou muito clara a mensagem. Ele é muito pragmático em tudo, por isso que seu governo está muito bem avaliado na Bahia. Nós estamos tentando o consenso, se não encontrarmos vamos recorrer às pesquisas. E se alguém não aceitar o resultado das pesquisas, o governador vai ter que arbitrar porque ele é o nosso maior cabo eleitoral, Lula teve em Juazeiro 85 mil votos, o nosso universo para trabalhar será esse”, afirmou Alcântara, relatando as definições da última reunião realizada em Salvador com o governador da Bahia e seu staff.
Mesmo listando suas qualificações e experiência política adquirida ao longo dos seis mandatos como deputado estadual e líder do governo César Borges (1998-2002) , ele reforça a importância da união da oposição para o êxito nas próximas eleições. “A união é preciso. A população avalia nas redes sociais que a prefeita está ruim, está morta, no linguajar popular. Mas para mim, fundo de poço na política tem mola, ele bate e volta. E nós sabemos que grande parte do eleitorado ainda é vulnerável, por vários motivos que não vou aqui citar, e entendemos que a máquina da Prefeitura é muito forte”, ponderou.
Para o ex-deputado, a união da oposição ultrapassa, inclusive, o pleito municipal em 2024, buscando meios de fortalecer a representação política de Juazeiro nas esferas estadual e federal, devolvendo à cidade o protagonismo anterior quando havia três deputados estaduais e três deputados federais. “Precisamos nos unificar em torno de projetos importantes não só no interesse eleitoral, porque não basta para Juazeiro hoje termos um projeto administrativo através da Prefeitura, buscar a prefeitura para o nosso campo político, mas enfim, um projeto político para Juazeiro porque estamos numa situação política precária em termo dessa representação, haja vista que só temos dois deputados estaduais da base nossa e não temos deputado federal, nem outros cargos maiores, nem secretaria de estado, porque sabemos que apesar da boa vontade do governador com Juazeiro, mas aqueles municípios que tem sua representação fortalecida tem mais espaço no governo e isso faz parte do jogo da política”.
Questionado se o grupo político terá maturidade suficiente para aceitar a escolha de um único candidato, Pedro Alcântara foi realista. “Nós estamos perseguindo essa união. Eu acho que na hora que decidir o candidato, alguns vão mostrar o descontentamento, poderá até escapar. Mas se ele não tiver outra alternativa política, nós vamos nos acomodar. E quem for o escolhido vai ter o trabalho de construir essas pontes. Por isso que eu falo não só no projeto administrativo, em reconquistar a prefeitura de Juazeiro, mas num projeto político que caiba a todos”.
Por fim, ele também comentou sobre a situação política de Isaac Carvalho e os processos que responde, correspondentes às prestações de contas das gestões à frente da Prefeitura de Juazeiro. “Não se pode discutir a política de Juazeiro hoje sem discutir essa questão. Isso eu concordo e aqui vou falar a verdade até onde eu sei. (…) Eu até quatro dias atrás não tinha discutido essa questão da elegibilidade dele, discutia política. Mas sentamos e discutimos. Ele me convenceu, por dados inclusive, até a própria bancada de advogados dele pediu para não publicizar, mas ele está vencendo as etapas e vencendo ele vem para o critério também. Eu não vou usar a palavra inelegível porque não houve ainda a decisão final. Está em curso, o processo dele”.