Pequisa da Fiocruz revela que casos de vírus sincicial respiratório estão aumentando em crianças

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Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam que continua a crescer a incidência de viroses causadas por vírus sincicial respiratório em crianças de 0 a 9 anos. A informação foi divulgada hoje (25) no boletim InfoGripe, que monitora os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país e avalia nesta edição dados da Semana Epidemiológica (SE) 46, de 14 a 20 de novembro. 

Segundo o boletim, os casos de SRAG mantêm um cenário de estabilidade na maioria das faixas etárias, mas, entre as crianças, infecções por vírus sincicial respiratório têm causado um aumento significativo de casos. Já na faixa de jovens adultos de 20 a 29 anos, foi observado aumento de resultados positivos para o novo coronavírus, dizem os pesquisadores.

Para o coordenador do estudo, Marcelo Gomes, esse quadro reforça a importância de revisar os protocolos de prevenção no ambiente escolar, como avaliação da capacidade de ventilação e circulação de ar nas salas de aula, assim como a distribuição e o uso consciente de máscaras adequadas (PFF2). Sobre o surto recente de casos influenza na cidade do Rio de Janeiro, o pesquisador explicou que somente ao longo das demais semanas será possível ter uma análise mais conclusiva. 

Segundo o boletim divulgado hoje, o estado do Rio de Janeiro está entre os que têm sinal de crescimento da incidência de SRAG apenas na tendência de curto prazo (últimas três semanas), porém com uma variação compatível com oscilação dentro da estabilidade. Espírito Santo, Pará e Paraná apresentam situação parecida. 

Alagoas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe apresentam tendência de queda no longo prazo (últimas seis semanas) para os casos de SRAG.

Os pesquisadores destacam que, no Amapá, chama a atenção o indício de aumento de SRAG na população entre 60-69 anos. O movimento é parecido com o que é observado desde outubro no do Rio Grande do Norte e aparece de forma “ainda incipiente” no Tocantins. Em São Paulo, o crescimento recente na tendência está restrito às crianças de 0 a 9 anos.