Mais um caso de Sídrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), doença rara associada à Covid-19, foi notificado por Pernambuco, segundo informou o secretário estadual de Saúde, André Longo, em coletiva virtual da imprensa nessa segunda-feira (31).
Com o novo caso, o Estado tem agora 10 registros da síndrome, todos também infectados pelo novo coronavírus. Uma menina de 11 anos residente no Recife morreu vítima da SIM-P em junho.
O caso é de uma menina de 1 ano e 7 meses moradora de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, que, em julho, foi internada no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), localizado no bairro dos Coelhos, área central do Recife. A menina, acrescenta André Longo, já recebeu alta.
“[A menina] já teve alta e se encontra em casa. Os serviços estão fazendo revisões de seus casos, a partir de publicação do protocolo do Ministério da Saúde”, pontuou o secretário.
A notificação da SIM-P foi instituída no início de agosto e os serviços de saúde, além de casos novos, estão resgatando ocorrências desde o começo da pandemia.
Dos casos registrados em Pernambuco até o momento, quatro são do sexo masculino e seis do sexo feminino, com idades entre 1 e 13 anos. As crianças e adolescentes acometidas com a síndrome são residentes nos municípios de Jaboatão dos Guararapes, Joaquim Nabuco, Sirinhaém, Goiana, Limoeiro, Timbaúba, Caruaru, Flores e Recife, além de uma criança da cidade de Maragogi, no Litoral Norte de Alagoas, assistida na rede de saúde pernambucana.
Os adoecimentos por SIM-P ocorreram entre maio e agosto e os pacientes foram atendidos nos hospitais Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), Correia Picanço, Barão de Lucena e Imip, no Recife; no Hospital Prof. Agamenon Magalhães (Hospam), em Serra Talhada, no Sertão; e no Memorial de Goiana, na Zona da Mata Norte.
SIM-P
A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica é caracterizada por febre persistente e elevada, acompanhada de um conjunto de sintomas que pode incluir hipotensão (pressão baixa ou choque), comprometimento de múltiplos órgãos e elevados marcadores inflamatórios.
O paciente pode apresentar manifestações cardiovasculares ou gastrointestinais agudas (diarreia, vômito, dor abdominal); conjuntivite ou manifestações cutâneas; quadro inflamatório e confirmação laboratorial (técnica RT-PCR ou sorologia) ou história de contato com caso confirmado do novo coronavírus.
(Fonte: Folha PE)