Pernambuco confirma morte por influenza A H3N2; total de casos passa de 40

0

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou, nesta segunda-feira (20), 42 casos positivos de influenza A H3N2 no total no Estado. Todos esses casos foram confirmados por exame laboratorial.

Desse total, oito apresentaram quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e, entre esses, um homem de 46 anos residente no Recife, paciente renal crônico, morreu nesse domingo (19).

No sábado (18), a SES-PE havia confirmado um caso por critério clínico-epidemiológico.

De acordo com o secretário de Saúde André Longo, o cenário do Estado aponta que já há transmissão comunitária da influenza em Pernambuco.

“Os casos confirmados foram detectados recentemente, mas não significa que são casos recentes”, pontuou. “Acreditamos que o vírus já estava circulando há algum tempo, e essa circulação ficou mais intensa nessas últimas duas semanas”, emendou.

O paciente que faleceu, segundo a SES-PE, apresentou quadro de falta de ar no último dia 9 e, no dia seguinte, procurou atendimento em uma UPA. Lá, foi intubado e transferido para a UTI do Hospital Agamenon Magalhães (HAM), morrendo dez dias após haver sentido falta de ar. Ele teve o exame para Covid-19 negativo, sendo feito, posteriormente, o da influenza.

Síndrome gripal

O secretário revelou que houve aumento expressivo na procura de pessoas com síndrome gripal e resultado negativo para Covid-19. Como protocolo para os sintomáticos, os pacientes são testados para checar se é Covid. Dando negativo, é realizado o teste para a influenza.

Para colocar em prática essa testagem, a SES-PE irá enviar 50 mil testes rápidos de antígenos para as emergências dos hospitais privados.

Os principais sintomas da H3N2 são febre alta e súbita, tosse, dor de garganta, dor no corpo, dor nas articulações e dor de cabeça.

Vacina da gripe

O médico e chefe do setor de Doenças Infectocontagiosas do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Demetrius Montenegro, explicou que a vacina gripal este ano não é efetiva para a influenza.

“A H3N2 é uma variante nova que não estava na composição da vacina gripal deste ano” afirmou o infectologista.

Para a proteção, Demetrius indicou o isolamento do paciente por, em média, sete dias – sem o rigor do isolamento para a Covid – e o uso de máscaras, principalmente para os sintomáticos. (FOLHA PE)