Pernambuco é o estado que mais cadastra DNA de criminosos em banco nacional

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Até o mês passado, o estado já cadastrou mais de 12 mil perfis genéticos de condenados. (Foto: Divulgação/SDS)

Pernambuco é o estado brasileiro que mais colabora com a ampliação do Banco Nacional de Perfis Genéticos, do Ministério da Justiça. O banco guarda informações do perfil de DNA de diversos criminosos condenados, tanto dos que cumprem pena quanto dos que já estão em liberdade. Das 67 mil coletas genéticas realizadas para o sistema, mais de 12 mil foram feitas pela Polícia Científica estadual. São Paulo e Goiás ocupam o segundo e o terceiro lugar, respectivamente. 

Em 2018, o Governo Federal pactuou metas de cadastro com cada estado, para fortalecer o sistema até 2020. O compromisso original de Pernambuco era de colocar 11.800 perfis, mas o número inserido é maior: 12.397. “Estivemos em todos os presídios e cadeias para coletar dados. Já tivemos casos de perfis captados em nosso estado coincidindo com perfis de São Paulo, identificação de criminosos por casos ocorridos há cinco, dez anos. Esse banco está revolucionando a resolução criminal pelo país”, explica a chefe da Polícia Científica, Sandra Santos. 

E o Governo Federal reconheceu o esforço de Pernambuco, com a entrega de equipamentos, como sequenciador e quantificador de DNA. “Até o fim de 2019, vamos receber também uma plataforma automatizada de análise. Nela é possível colocar 90 amostras, de uma vez, para análise. Isso reduz para algumas horas um trabalho que era feito manualmente em três meses”, destaca Sandra. 

Além do perfil genético de criminosos, Pernambuco está passando a coletar vestígios em cenas de crimes e vítimas e DNA de pessoas desaparecidas/não identificadas. No caso de um estupro, por exemplo, será possível confrontar o material coletado na vítima com o conteúdo arquivado no sistema nacional.

FuturoO empenho no cadastro de criminosos no banco nacional é resultado dos investimentos feitos na Polícia Científica, como a instalação de novas unidades pelo estado e a criação do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC), que fica dentro da Área Integrada de Segurança de Jaboatão dos Guararapes. “Agora, trabalhamos na criação da nossa sede, em Santo Amaro, porque estamos em um prédio que não é nosso (em Jaboatão)”, comenta Sandra.

Quando um crime acontece, a Polícia Científica realiza as perícias preliminares, cujos resultados são enviados para o IGFEC. “No futuro, seria bom termos um instituto de genética em Petrolina, mas não é algo urgente. Por enquanto, a unidade de Jaboatão atende perfeitamente a demanda de todo o estado”, conclui. (Fonte: Diário de Pernambuco)