A Pesquisa CNT Rodovias 2024, divulgada nesta terça-feira (19), revela que Pernambuco se destaca negativamente no ranking das piores rodovias do Brasil, com três trechos estaduais entre os dez mais problemáticos: PE-545 (Exu a Ouricuri), PE-096 (Palmares a Barreiros) e PE-177 (Quipapá a Garanhuns). A pesquisa aponta que 25,5% das rodovias brasileiras estão em condições ruins ou péssimas, comprometendo a segurança viária.
O levantamento analisou 111.853 km de rodovias pavimentadas, abrangendo trechos federais e estaduais. A maioria das vias é composta por pistas simples de mão dupla (84,8%), o que agrava os riscos de acidentes. Apenas 7,5% das estradas receberam a avaliação de ótimas, enquanto 40,4% foram classificadas como regulares.
Melhores e piores rodovias do Brasil
As melhores rodovias estão concentradas no Sudeste, principalmente em São Paulo, com a rodovia Raposo Tavares (SP-270) liderando o ranking. Confira as listas:
As 10 melhores rodovias:
- SP-270, de Presidente Epitácio a Ourinhos (SP)
- SP-099, de São José dos Campos a Caraguatatuba (SP)
- SP-225, de Itirapina a Santa Cruz do Rio Pardo (SP)
- SP-021, de São Paulo a Arujá (SP)
- SP-348, de Cordeirópolis a São Paulo (SP)
- RJ-124, de Rio Bonito a São Pedro da Aldeia (RJ)
- SP-463, de Ouroeste a Clementina (SP)
- SP-300, de Castilho a Jundiaí (SP)
- SP-070, de Taubaté a Guarulhos (SP)
- SP-065, de Campinas a Jacareí (SP)
As 10 piores rodovias:
- PE-545, de Exu a Ouricuri (PE)
- PE-096, de Palmares a Barreiros (PE)
- PB-400, de Cajazeiras a Conceição (PB)
- RN-118, de Macau a Itajá (RN)
- PE-177, de Quipapá a Garanhuns (PE)
- RS-153, de Barros Cassal a Vera Cruz (RS)
- RS-640, de São Vicente do Sul a Rosário do Sul (RS)
- RJ-155, de Barra Mansa a Angra dos Reis (RJ)
- PB-066, de Ingá a Itambé (PB)
- AC-010, de Porto Acre a Rio Branco (AC)
Investimentos urgentes para reverter o cenário
A CNT estima que seriam necessários R$ 100 bilhões para recuperar a malha rodoviária nacional. Trechos classificados como regulares (45.263 km) estão próximos de uma deterioração severa, enquanto mais de 55,8% das vias já apresentam desgaste significativo.
Segundo o presidente da CNT, Vander Francisco Costa, “a recuperação das rodovias exige recursos consistentes e de longo prazo para atender às demandas do país e garantir segurança e eficiência no transporte”.
A pesquisa reforça a necessidade de priorizar investimentos nas rodovias públicas, que apresentaram desempenho muito inferior às privatizadas: apenas 2,7% das públicas foram avaliadas como ótimas, contra 21,4% das concessionadas.