Os crimes patrimoniais em Pernambuco seguem em queda, com sequência descendente de registros há 43 meses. De janeiro a março deste ano, a redução chegou a 25,43% em relação ao mesmo período de 2020. No terceiro mês do ano, retraiu 21%.
Na série histórica, foi o mês de março com menor ocorrência desse tipo de delito desde 2006, para todo o Estado, e de 2005, para o Recife. A capital destacou-se com o mais expressivo percentual de diminuição nas investidas visando à subtração de bens.
Além disso, o primeiro trimestre de 2021 também teve redução dos Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP), em todas as modalidades, que englobam roubos de veículos, celulares e carga, bem como investidas em ônibus.
O bom desempenho refere-se tanto ao mês de março como no acumulado do ano, que soma janeiro a março. Dentro desse cenário, a sequência de queda de CVP completa 43 meses consecutivos. No terceiro mês deste ano, a variação atingiu -21%. Foram 4.081 ocorrências em março de 2021 contra 5.166 em 2020, ou seja, menos 1.085 queixas.
O Recife obteve a maior redução de março, com -26,95%, seguido da Zona da Mata (-25,38%), Agreste (-24,46%), Região Metropolitana (-14,48%) e Sertão (-0,72%).
A capital pernambucana atingiu o menor índice desde o início da série histórica, em 2005 (ver lista abaixo). Em março deste ano, contabilizaram-se 1.331 crimes, uma redução de 491 boletins de ocorrência em relação a 2020, quando houve 1.822 queixas.
No acumulado do ano, os casos em Pernambuco recuaram 25,43%, com 12.944 crimes neste ano contra 17.358 queixas no mesmo período do ano passado.
“Pernambuco e o Recife tiveram o mês de março com menor incidência de ocorrências de CVP em uma década e meia de estatísticas criminais. Isso é o reflexo do trabalho das nossas forças de segurança, que estão constantemente empenhadas para que os números da violência continuem baixando mês a mês. Neste primeiro trimestre, os policiais apreenderam 1.600 armas e autuaram mais de 17 mil pessoas em flagrante delito, além de terem efetuado 1.178 prisões ao cumprir mandados judiciais”, afirmou o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua.
Menos roubos e mais apreensões de celulares
Nos primeiros três meses deste ano, o trabalho das forças de segurança pública de Pernambuco levou à apreensão de 2.962 telefones celulares que haviam sido roubados.
Ao mesmo tempo, a incidência desses crimes diminuiu 8,5% no período, confrontando com o trimestre inicial de 2020. No total, os celulares roubados caíram de 7.475 para 6.840 nessa comparação. Somente em março, a redução foi de 2.263 para 2.126 (-6,1%).
Queda no roubo de veículos acima de 20%
Tanto em março quanto no 1º trimestre, os roubos de veículos diminuíram com índices semelhantes no Estado. No mês, a diferença em relação a 2020 chegou a -24,51%: de 963 para 727 ocorrências.
Entre janeiro e março, o percentual aproximou-se, com -23,05% na comparação com o intervalo correspondente do ano passado. Em dados absolutos, o recuo foi de 2.972 para 2.287.
Roubos de carga são menos da metade do que em 2020
Do primeiro trimestre do ano passado para o deste ano, as ocorrências de cargas roubadas caíram de 184 para 85. Significa um recuo percentual de 53,8%. Verificando-se apenas março, esse índice alcançou -48%, pois os crimes desse tipo reportados às autoridades policiais do Estado passaram de 63 para 33 de um ano para o outro.
Média diária de assaltos a ônibus cai de 3 para 1
Durante o mês de março deste ano, Pernambuco registrou, em média, 1,29 roubos em coletivos a cada dia. Ao todo, foram 40 boletins de ocorrência registrados. Isso representa -59,6% em relação aos 99 casos de março do ano anterior, quando a média diária atingiu 3,19 assaltos dessa modalidade. Considerando o 1º trimestre, essa taxa caiu de 2,79 para 1,58. Em termos percentuais, houve queda de 44,09% (de 254 para 142).
Apenas uma ocorrência contra bancos em março
Um furto em uma agência bancária foi a única investida consumada contra instituição financeira em Pernambuco no terceiro mês deste ano. Representa, portanto, -67% em relação às três ocorrências dessa prática delituosa computadas em 2020.
Já na soma do trimestre, a diferença foi de -60%, ao passar de cinco para dois – além do furto de março, registrou-se um roubo a agência em fevereiro.
Operações permanentes contra cvp mantêm queda desde 2020
As três áreas da capital pernambucana que contam com operações fixas de enfrentamento aos roubos consolidaram, por mais um mês, o declínio nas ocorrências de CVP. Destaque para a Operação Agamenon Magalhães, com -32,3% casos no 1º trimestre (de 90 para 61) e -37,5% em março (de 24 para 15) no entorno da avenida que une as Zonas Norte e Sul.
Com foco nos bairros do Centro, a Operação Cerne contribuiu para baixar de 787 para 630 o número de roubos dos três meses iniciais de 2021 (-19,9%). Por sua vez, março terminou com -31,1% ocorrências de roubo nessa área, tendo saído de 222 para 153 queixas. Por fim, a Operação Boa Viagem impactou a redução de 13,2% no trimestre (de 514 para 446 CVPs) e de 21,2% em março (de 165 para 130) no bairro da Zona Sul do Recife. (Fonte: Folha PE)