Os bares e restaurantes localizados no Recife podem abrir as portas a partir do dia 20 de julho, desde que sigam as medidas sanitárias previstas (que serão divulgadas nesta sexta) e com 50% da capacidade máxima dos ambientes. As regras são válidas também para restaurantes em shoppings e praças de alimentação.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (9) pelo secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Bruno Schwambach, em entrevista coletiva no Palácio do Campo das Princesas. O setor está com funcionamento presencial suspenso desde o dia 21 de março, como medida do governo do Estado para conter o avanço do avanço coronavírus.
Pelo cronograma inicial do Plano de Convivência com a covid-19, previsão era de que os bares e restaurantes retornassem na etapa 7. No dia 18 de junho, o governo anunciou que a reabertura passaria a integrar a fase 6 do plano, com previsão sem martelo batido para o dia 6 de julho. Mas, com uma demora maior para a liberação da fase 5, a etapa 6 foi empurrada. Desde o início, o governo não determina datas de forma antecipada para cada fase.
O anúncio do governo estadual definindo a data de reabertura dos bares e restaurantes foi feito no mesmo dia em que uma carreata de protesto percorreu as ruas da Zona Norte do Recife até o Palácio do Campo das Princesas. Uma comissão formada por dirigentes locais da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PE) foi recebida no final da manhã na sede governamental pelo secretário-executivo da Casa Civil, Eduardo Figueiredo.
A comissão entregou uma carta dirigida ao governador Paulo Câmara com as reivindicações da categoria. Os empresário alegam o momento de dificuldade que atravessam, com cerca de 50 mil trabalhadores demitidos desde o último mês de abril, cerca de 25% dos estabelecimentos anunciando fechamento definitivo e dificuldade de acesso a linhas de crédito.
No dia 30 de junho último, a Abrasel-PE já havia reagido ao adiamento da volta do setor. Na ocasião, a entidade afirmou que a medida do governo de Pernambuco “atinge em cheio um setor que vem sendo duramente penalizado” e pediu revisão da data de reabertura.
O pedido da Abrasel-PE foi apoiado pelo Movimento Pró-Pernambuco (MPP), que reúne 32 entidades empresariais. Na quinta-feira (2), o grupo enviou uma carta ao governador Paulo Câmara e ao secretário de Desenvolvimento de Pernambuco pedindo que fosse feita a retomada das atividades dos bares e restaurantes.
Na última segunda-feira (6), cinquenta cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR), Agreste e Zona da Mata haviam avançado para a etapa 5 do plano de reabertura econômica. Nesta fase, foram liberadas as atividades comerciais de vendas de automóveis com 100% do efetivo e os serviços de escritório com 50%.
INTERIOR
Na última segunda-feira, a região que engloba os municípios do Agreste, que estavam na fase 2, avançam para a etapa 4. Será permitido o funcionamento das lojas de varejo de rua, os salões de beleza e estética, comércio de veículos, incluindo serviço de aluguel e vistoria, com 50% da carga, construção civil com 100% do efetivo e shoppings centers com atendimento presencial.
As cidades do Sertão pernambucano permanecem nesta mesma fase porque os números dos municípios sugerem essa necessidade. (Fonte: JC)