Pernambuco terminou o 1º quadrimestre de 2021 com os menores índices de criminalidade dos últimos anos. Os Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs) chegaram ao mais baixo número para o período desde 2014, com 17.106 queixas.
Voltando na linha do tempo, 2013 foi o ano que apresentou menos casos desse tipo de crime na série histórica, ao contar 16.370 registros. Já o total de vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) nos quatro meses iniciais deste ano foi de 1.134, o mais reduzido para o período em 7 anos. Somente 2014, com 1.124 mortes, ficou abaixo.
No comparativo do quadrimestre deste ano com o mesmo período de 2020, a diminuição percentual nos CVLIs foi de 13,8% (queda de 1.316 para 1.134, com diferença de 182 menos mortes). Ao avaliar especificamente o quarto mês deste ano, Pernambuco também teve o abril com a menor incidência de homicídios dos últimos 7 anos.
As 304 mortes violentas desse mês em 2021 ultrapassaram as 296 ocorridas no período correspondente em 2014. Confrontando somente abril de 2021 com o de 2020, a queda chegou a 5,6% – de 322 para 304 vítimas.
Na comparação do 1º quadrimestre de 2021 e 2020, os crimes letais intencionais decresceram em 23,7% no Agreste (308 para 235). Também recuaram na Zona da Mata, em -23,31% (296 para 227), na RMR em -13,67% (373 para 322) e, no Sertão, a diferença foi de -6% (150 para 141). Aumento apenas no Recife, de 189 para 209, ou 10,58%. Em abril, comparado com o mesmo mês de 2020, a Zona da Mata teve -17,81% CVLIs (de 73 para 60), enquanto na RMR a variação chegou a -14,89% (94 para 80) e, no Agreste, -10% (70 para 63). Índices em alta em abril no Sertão, com 17,14% (35 para 41), e de 20% Recife (50 para 60).
Estupros e violência doméstica
O número de mulheres vítimas de estupro que registraram queixa na Polícia Civil mostrou redução tanto no 1º quadrimestre quanto isoladamente em abril, no confronto entre 2021 e 2020. A diferença no quarto mês do ano foi de -18,75% (de 176 para 143), enquanto entre janeiro e abril ficou em -6,91% ao diminuir de 811 para 755. Por outro lado, os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher elevaram-se em 1,81% no quadrimestre de um ano para o outro, passando de 13.720 para 13.968 denúncias. Somente em abril, o aumento chegou a 13,68%, de 2.749 para 3.125. Por sua vez, as mulheres vítimas de CVLI caíram de 26 para 24 em abril (-7,7%), porém o total do quadrimestre aumentou de 76 para 85 (11,8%). Já os feminicídios subiram de 9 para 11 em abril, e de 28 para 38 no recorte dos quatro meses.
Análise geral e regional dos roubos
Em 2021, no quadrimestre, houve 4.247 menos crimes patrimoniais em relação ao mesmo período do ano passado. Isso porque, este ano foram registradas 17.106 queixas, contra 21.353 em 2020. A retração percentual é de 19,89%. Em todas as regiões de Pernambuco, verificou-se um recuo das queixas de roubo ao comparar os primeiros quatro meses de 2021 com os de 2020. O mais expressivo se deu na Zona da Mata, com -29,39% (de 1.221 para 958), seguida do Agreste (-22,1%, saindo de 4.077 para 3.176), Sertão (-21,54%, de 6.859 para 5.661), Recife (-17,93%, ao diminuir de 7.134 para 5.855) e Região Metropolitana (-17,47%, reduzindo de 6.859 para 5.661). Considerando apenas abril, em 2021 contabilizaram-se 4.042 CVPs em Pernambuco, ou 1,23% acima dos 3.993 desse mesmo mês no ano precedente.
Crimes Violentos contra o Patrimônio
Fechando o quarto mês de 2021 com 1.350 boletins de ocorrência relativos a roubos, o Recife teve o abril com o mais baixo registro de CVPs da série histórica de estatísticas desse tipo de crime no Estado. Abril de 2020 já havia sido o menor, com 1.351 casos, praticamente a metade dos 2.647 notificados no quarto mês de 2019.
Crimes patrimoniais
O roubo de veículos decaiu 20,53% nos quatro meses iniciais de 2021, em relação ao período equivalente de 2020. Em dados absolutos, passou de 3.883 para 3.086. A subtração violenta de cargas no 1º quadrimestre deste ano retraiu para menos da metade do aferido no do ano antecedente: de 244 para 116, ou seja, -52,5%. Percentual similar ao da queda de investidas contra bancos, caixas eletrônicos e carros-fortes, que ficou em -50% na mesma comparação, uma vez que retraiu de 6 para 3 ocorrências.