Pernambuco tem a segunda maior taxa de desocupação do país pelo quarto trimestre seguido

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A taxa de desocupação em Pernambuco foi de 13,9% no terceiro trimestre de 2022, de acordo com a PNAD Contínua Trimestral, divulgada nesta quinta-feira (17) pelo IBGE. Em números absolutos, 600 mil pernambucanos procuraram emprego entre julho, agosto e setembro e não encontraram. Com o resultado, o estado tem o segundo maior percentual do país pelo quarto trimestre seguido, atrás apenas da Bahia, com 15,1%. No Brasil, o indicador foi de 8,7% para o período.

Embora a taxa de desocupação em Pernambuco tenha sido de 13,6% no segundo trimestre de 2022, a oscilação de 0,3% no período não é tida como um aumento. “Esta variação na taxa de desocupação não é estatisticamente significativa, sendo considerada estabilidade”, pontua a gerente de planejamento e gestão administrativa do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita.

Por outro lado, quando se comparam os dados do terceiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2021, houve uma queda de 5,3% na taxa de desocupação, ou seja, 206 pessoas desocupadas a menos.

A pesquisa também apresenta as taxas de desocupação por regiões metropolitanas e por municípios das capitais. No Grande Recife, o percentual foi de 17,2%, o segundo maior entre todas as localidades pesquisadas, atrás apenas da Região Metropolitana de Salvador (19,4%). Na capital pernambucana, o índice foi menor, de 14,7%, mas a cidade continua em segundo lugar no ranking nacional, superada apenas por Salvador (17,9%).

Por posição na ocupação, houve aumento percentual em duas áreas no 3º trimestre de 2022 em Pernambuco. Uma delas foi a de população empregada com carteira, que passou de 1 milhão e 26 mil trabalhadores para 1 milhão e cem mil trabalhadores, totalizando um avanço de 7,2%. Proporcionalmente, o estado tem 65% dos empregados do setor privado que estão formalizados, a maior proporção do Nordeste. O outro segmento com alta foi o de empregados do setor público sem carteira, cuja alta foi de 29,2%, saindo de 117 mil para 151 mil pessoas.

Informalidade cai no 3º trimestre de 2022 em Pernambuco

Pernambuco foi um dos cinco estados brasileiros onde a taxa de informalidade caiu no 3º trimestre de 2022. A redução no índice foi de 2,3 pontos percentuais na comparação com o trimestre anterior. Isso faz com que 50,6% dos trabalhadores pernambucanos, ou seja, metade da população ocupada, tivesse exercido ocupações informais no período. Em números absolutos, o percentual equivale a 1 milhão e 875 mil pessoas. No Brasil, a taxa de informalidade é de 39,4% da população ocupada.

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; trabalhador doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar.

O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos dos pernambucanos no 3º trimestre de 2022 foi de R$ 1.844, valor estável em relação ao trimestre anterior, quando chegou a R$ 1.778. O mesmo ocorreu na comparação com o segundo trimestre de 2021, quando o valor era de R$ 1.863.

A pesquisa também mostra que o número de pessoas desalentadas chegou a 304 mil pessoas no 3º trimestre de 2022, o que equivale a 6,6% da população de 14 anos ou mais na força de trabalho. A população desalentada é definida como aquela que está fora da força de trabalho, que não havia realizado busca efetiva por trabalho pelas seguintes razões: não conseguir trabalho, ou não ter experiência, ou ser muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho em sua localidade e que, se tivesse encontrado trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.

(Ascom IBGE)