A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou, na tarde desta terça-feira (5), que foi notificada do primeiro caso suspeito de Monkeypox (varíola dos macacos) em Pernambuco. O paciente é um homem de 25 anos residente na cidade de Guarulhos, em São Paulo, que está em Pernambuco desde o dia 23 de junho, para visitar familiares na cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR).
De acordo com a investigação epidemiológica, foi constatado que o paciente entrou em contato com europeus durante uma comemoração em São Paulo. Já em Pernambuco, no último dia 30 de junho, ele começou a apresentar quadro de febre, adenomegalia (aumento dos linfonodos do pescoço), erupção cutânea e linfogranuloma venéreo (linfonodos inchados na região genital e virilha).
Na segunda-feira (4), o homem buscou atendimento na AHF Brasil – Clínica do Homem Recife, localizada no bairro da Soledade, na região central do Recife. A unidade é especializada em prevenção, diagnóstico e tratamento de IST (Infecções sexualmente transmissíveis), com foco no público masculino, em parceria com o Programa de IST/HIV/Aids, da SES-PE.
No serviço, foi realizado teste de triagem para detecção de sífilis, que apresentou resultado negativo, além da coleta de swab nasofaríngeo e esfregaço da lesão para análise e determinação de diagnóstico.
As amostras coletadas serão encaminhadas para o Laboratório de Enterovírus da Fiocruz/RJ, referência para o diagnóstico da Monkeypox.
O Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE) também realizará investigação para detecção de outras doenças (arboviroses, exantemáticas, enterovirus, vírus respiratórios clamídia e gonococo, por exemplo).
De acordo com o informe divulgado pela SES-PE, o paciente apresenta quadro de saúde considerado estável e foi colocado em isolamento domiciliar.
A Secretaria também já realizou a notificação do caso ao Ministério da Saúde (MS) e monitora o caso junto à Secretaria Municipal de Saúde do Paulista, que está realizando o acompanhamento, coleta de exames complementares e a vigilância dos contatos próximos. Até o momento, nenhum familiar do paciente apresentou sintomas da doença. (Folha PE)