Pernambuco terá câmeras com leitor de placas para tentar recuperar veículos roubados

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Pernambuco fechou o ano de 2023 com mais de 20,3 mil registros de roubos e furtos de veículos. É o pior resultado desde 2018, segundo estatísticas da Secretaria de Defesa Social (SDS). Uma das iniciativas para tentar diminuir os crimes e tentar recuperar, principalmente, carros e motos será a instalação de câmeras de videomonitoramento com leitor de placas. 

No final de dezembro, a SDS publicou um chamamento público para que empresas apresentem cotação de preços de 2 mil câmeras que serão adquiridas para o Estado, após a desativação de 358 equipamentos.

Do total de novas câmeras, 579 deverão contar com a tecnologia que captura imagens de veículos com velocidade de até 200 km/h.

Além das placas, os equipamentos devem identificar a cor e o modelo dos veículos nas ruas, avenidas e estradas monitoradas. Com a alimentação constante dos dados, também será possível identificar carros e motos que eventualmente tenham sido usados na prática de crimes. 

Investigações da polícia apontam que grupos criminosos praticam os crimes na Região Metropolitana do Recife, sobretudo na capital, e levam os veículos para a região da Zona da Mata, onde há receptadores responsáveis pela adulteração e venda de peças. Muitas vezes, inclusive, detentos do sistema prisional pernambucano fazem o contato entre os ladrões e os receptadores dos veículos. 

No Estado, 12.509 veículos foram roubados em 2023. O aumento foi de 14,48% em relação a 2022, quando foram somadas 10.926 ocorrências. Em relação aos furtos, quando não há violência nas abordagens criminosas, 7.879 veículos foram levados pelos criminosos. Um crescimento de 12,68% em relação a 2022, quando 6.992 furtos foram contabilizados. 

O Juntos pela Segurança tem como meta a redução de 30% no número de roubos e furtos de veículos até o final de 2026, tendo como base as estatísticas de 2022. 

NOVAS CÂMERAS

As 2 mil novas câmeras serão instaladas em pontos com maior número de ocorrências de crimes violentos contra o patrimônio, crimes violentos letais intencionais (homicídios, em geral) e onde há registros de tráfico e consumo de drogas. Essas localidades já foram mapeadas. 

Fonte: JC