A Faculdade de Petrolina (Facape) divulgou nesta quinta-feira (10) o boletim mensal com os dados da cesta básica em Petrolina e Juazeiro. A pesquisa, realizada pelo Colegiado de Economia da autarquia trouxe boas notícias para os consumidores petrolinenses: Segundo os dados, em março, o custo da cesta básica em Petrolina teve uma leve deflação de -1,72%, enquanto Juazeiro (BA) registrou inflação de 0,79.
Considerando as duas cidades juntas, houve uma queda média de -0,51% no custo da cesta básica. Com base nos valores pesquisados, um trabalhador que recebe um salário mínimo de R$ 1.518,00 gastou cerca de 39,4% da renda mensal com alimentação básica. Isso significa que sobraram aproximadamente R$ 919,42 para cobrir outras despesas, como moradia, transporte, saúde e vestuário. Em valores absolutos, a cesta básica custou R$ 586,30 em Juazeiro e R$ 610,86 em Petrolina — uma diferença de R$ 24,56 entre as cidades.
Ao longo dos últimos 12 meses, os preços também seguiram trajetórias distintas. Juazeiro acumula alta de 2,13%, enquanto Petrolina registra leve queda de -0,25%. Já no acumulado de 2025, Juazeiro continua com os mesmos 2,13% de aumento, mas Petrolina teve alta de 4,07%. A pesquisa acompanha a tendência nacional observada pelo DIEESE, que identificou aumento no custo da cesta básica em 14 das 17 capitais pesquisadas em março.
Entre os produtos que mais influenciaram o comportamento dos preços na região, o óleo de soja teve queda de -5,72% em março, ajudando a aliviar o acumulado de 25,65% em 12 meses. O leite integral caiu -1,75% no mês, mas acumula alta de 16,14% em Petrolina. Já o tomate apresentou redução de -10,27%, impulsionada pela queda da demanda. A banana também ficou mais barata, com recuo de -6,69%, enquanto o café continua pressionando os preços, com alta acumulada de quase 70% em um ano. O feijão, por sua vez, subiu 6,87% em março após produtores reduzirem a oferta para tentar melhorar os preços.
A Facape alerta para a importância de o consumidor comparar preços antes de ir às compras. A pesquisa mostra que, para um mesmo produto, os preços variam bastante conforme o supermercado.
Assessora de Comunicação da Facape