O número de brasileiras que sofre com a baixa autoestima chega a 20%, segundo a pesquisa What Women Want, realizada pela Kantar, empresa de dados, insights e consultoria, em 2019. Enquanto isso, apenas 10% dos homens declararam sentir o mesmo.
Na realidade, 36% do público masculino disse ter autoestima acima da média, contra 28% do feminino. 24% das mulheres afirmaram que este sentimento é motivado pela ausência de autonomia financeira, 23% pela falta de autonomia sexual e corporal, 22% pela liberdade de pensamento e expressão, 16% pela representatividade nas mídias e 15% devido à falta de conexões sociais.
O estudo também destacou a relação entre maturidade e autoaceitação. Assim, observou que após os 29 anos, mulheres tornam-se mais seguras. Ao mesmo tempo, segundo pesquisa realizada pelo Nube, em 2021, constatou-se que os jovens tendem a apresentar bloqueios quando o assunto é amor próprio, revelando que o autoconhecimento auxilia no processo de amadurecimento e fortalecimento da autoestima. Neste ano, o Instituto Ideia, à pedido da revista GQ Brasil, fez uma pesquisa e concluiu que apenas 3% dos homens brasileiros se consideram feios, sendo que 47% disseram se achar bonitos, o que representa cerca de um em cada dois participantes da pesquisa. Como eles não são instigadas desde pequenos a perseguir um ideal de beleza, como o que acontece com as mulheres, fica mais fácil não se cobrarem tanto neste item. Ainda bem que o mercado tem incentivado a valorização de outros padrões de beleza, pois antes você tinha que ser loira, cabelo liso, alta, magra e de olhos azuis, de preferência, para ser realmente linda.
Hoje, o conceito de beleza está mais flexível, assim como se fala mais em “ser” e não no “ter”. Contudo, ainda há necessidade de mais reflexões à respeito do que realmente importa no ser humano, principalmente em termos de beleza interior, que quanto maior, melhor para a autoconfiança e autoaceitação. Mas, afinal, quais são os sintomas da baixa autoestima?• Falta de habilidade para lidar com críticas; • Hábito de sempre encontrar culpados para seus problemas ou erros;• Facilidade de desistir;• Dificuldade de aceitar as próprias limitações;• Falar mal de si mesmo constantemente;• Desistir de algo antes mesmo de começar;• Insegurança em relacionamentos;• Evitar olhar para si mesmo em fotos ou no espelho ;• Timidez em excesso;• Dificuldade de se impor;• Medo da rejeição;• Busca constante por elogios e reconhecimento externo;• Fugir de compromissos por medo de falhar;• Falta de confiança em si mesmo;• Tendência a procrastinação e preguiça;• Hábito de se comparar com outras pessoas;• Competitividade em excesso;• Facilidade para ficar ofendido(a);• Sensação de incapacidade;• Necessidade de inferiorizar as pessoas;• Perfeccionismo;• Dificuldade para reconhecer as próprias vitórias e conquistas.
E como ter mais autoestima? Em primeiro lugar, é fundamental desenvolver o autoconhecimento, para aprimorar as qualidades positivas e ser capaz de lidar com as negativas, buscando neutraliza-las e transmuta-las em características desejáveis. É muito importante também, parar de se comparar com os outros, nem se cobrar tanto. Ou seja, evitar se criticar em excesso e se condenar o tempo todo por suas falhas e dificuldades. Tem que ter cuidado com o perfeccionismo e com a necessidade de agradar o tempo inteiro. Errar é vital para o crescimento, o que faz parte do processo de aprendizagem de vida. A pessoa tem que refletir sobre os erros de maneira saudável, procurando alternativas para agir diferente da próxima vez. Se você fica nadando na negatividade, a insegurança toma conta. Melhor relembrar e valorizar as conquistas, com humildade e gratidão. “Amar a si mesmo é o começo de um romance para toda a vida”, já dizia o escritor irlandês Oscar Wilde. Portanto, seja feliz romantizando sua existência com muito amor próprio, sem querer ser melhor do que ninguém, apenas uma boa pessoa para si, para os outros e para o planeta.
(Fonte: Diário PE) (Foto: Pixabay / Divulgação)