Quatro longos dias de sofrimento, com dores na garganta, no corpo, cansaço e desconforto. A professora Marta Suzana Freire foi contaminada pela nova variante do coronavírus, a ômicron. “Eu viajei à São Paulo pra ficar uns dias com minha filha que mora lá. Ela se contaminou no trabalho e eu peguei o vírus dela, dentro de casa e só percebi os sintomas quando voltei à Petrolina. Eu doente aqui e ela lá,” contou a professora.
O aumento no número casos de coronvírus em Petrolina está acontecendo de forma acelerada neste mês de Janeiro, de acordo com a pesquisa de avanços dos casos de covid-19 na região, realizada pelo Colegiado de Economia da Faculdade de Petrolina-Facape.
Na última semana de dezembro de 2021 foram registrados 215 novos casos de contaminação. Na primeira semana de janeiro foram 262, na semana seguinte 493, pulando para 738 novos casos. O aumento inicial foi de 22%, passando para 80% e mais 50% na terceira semana do mês. “Não se tinham tantos casos desde a última semana de novembro. Antes de novembro a gente só tinha vivido essa situação em maio de 2021.
O recorde histórico de casos diários em Petrolina aconteceu na quarta-feira (26), com 514 casos. Entre segunda e quinta-feira desta semana, já foram 1.458 casos, o dobro do total da semana passada inteira e o novo recorde semanal desde o início da pandemia” explica o coordenador da pesquisa Covid da Facape, professor doutor João Ricardo Lima.
A pesquisa avalia a média móvel considerando o período de 14 dias. O aumento é de quase 270%. Foram notificados 166 novos casos contra 45 casos há 14 dias atrás. “A expectativa é de novo recorde mensal de casos, que superou os 4.200 em abril do ano passado,” enfatiza João Ricardo.
Variante ômicron
Os casos ativos de coronavírus que estavam declinando voltaram a subir rapidamente, superando 2.500 pessoas com o vírus nesta semana em Petrolina. Segundo a pesquisa, o município já vive o impacto da variante ômicron. “Espera-se que fevereiro ainda sejam registrados muitos casos e só depois desse período é que a gente vai poder avaliar se o número de contaminação por coronavírus vai diminuir ao continuar aumentando na região,” Conclui João Ricardo.