O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta sexta-feira (12) que a petroleira deve decidir na semana que vem sobre os reajustes de combustíveis e a nova política de preços praticada pela estatal.
“Existe chance de reajuste? Sim. Há uma chance de que, ao tratar desse assunto na semana que vem, a gente faça uma avaliação de alguns combustíveis”, disse Prates, durante coletiva de imprensa sobre os resultados financeiros da Petrobras no primeiro trimestre.
Questionado sobre o novo critério utilizado para definição de preços nas refinarias, Prates afirmou que será o de “estabilidade versus volatilidade”. Segundo ele, o novo formato deverá evitar tanto a estagnação de preços quanto o que chamou de “maratona” de reajustes.
“Não precisamos voltar ao tempo em que não houve nenhum reajuste no ano inteiro. Em 2006 e em 2007 aconteceu isso. E também não precisamos viver dentro da maratona de 118 reajustes para um único combustível, como foi em 2017, o que levou à crise enorme da greve dos caminhoneiros”, afirmou.
De acordo com o G1, a estatal baliza os valores das vendas às distribuidoras com base no preço de paridade de importação (PPI). A política oficial de preços da Petrobras foi criada em 2016, orientada pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio. Sem entrar em muitos detalhes, Prates explicou que a ideia é manter uma organização dentro das atividades da Petrobras que possibilite a aplicação do critério de “estabilidade versus volatilidade”.