Nesta sexta-feira (25), o programa “Nossa Vez” recebeu em seu estúdio a nova gestora da VII Geres. Ana Célia de Almeida Carvalho, profissional com mais de duas décadas de experiência na área da saúde, assumiu recentemente a posição de gestora da VIII Gerência Regional de Saúde (Geres). Durante a entrevista, Ana Célia detalhou os planos e desafios que enfrentará à frente dessa responsabilidade.
Composta por sete municípios, a região atendida pela VIII Geres – Cabrobó, Orocó, Dormentes, Santa Maria, Lagoa Grande, Afrânio e Petrolina – enfrenta uma demanda de mais de 2 milhões de habitantes. Ana Célia destaca o desafio de atender não só à população local, mas também àquela que busca serviços em Petrolina, reconhecida como polo de saúde em diversos estados vizinhos.
“Nós temos proposta seguindo a própria vontade do estado que é ampliar serviços na região, desafogar a rede de urgência e emergência que é um dos grandes problemas da nossa região, não só na nossa região como na região interestadual, Pernambuco, Bahia. Nosso principal objetivo é aprimorar e expandir os serviços de saúde na região. No entanto, todas as decisões são tomadas de forma colaborativa, com participação da governança, em consonância com as diretrizes do estado”, afirmou Ana Célia. Ela acrescenta que a crescente demanda por atendimento emergencial é uma das questões críticas enfrentadas, não apenas localmente, mas também em toda a região interestadual.
Em relação à infraestrutura de saúde, Ana Célia apontou a necessidade de ampliar a oferta de leitos, especialmente os de UTI neonatal e obstetrícia. Ela mencionou hospitais de referência como o Hospital Universitário (HU) e o Materno Infantil Dom Malan, que atendem uma vasta população, enfatizando a urgência de expandir esses recursos.
“A rede é complexa, são 53 municípios de Pernambuco e Bahia. Esse mês teve reunião com o colegiado da Rede Peba e Ministério da Saúde, representantes da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Então, saímos da reunião bastante esperançosos, porque as coisas realmente vão avançar e precisamos aumentar o número de leitos de UTI Neonatal do Hospital Dom Malan. O Regional está ampliando leitos, já está em construção em fase praticamente terminando para ampliação de leite, não só o Materno Infantil como também adulto e UTI também precisamos ampliar o número de leitos de UTI de Obstetrícia, também fortalecer a rede Oncologia”, afirmou Ana.
No tocante à superlotação no Hospital Universitário e os acidentes de trânsito, Ana Célia destacou a importância de abordagens educacionais para reduzir essas ocorrências. “A coisa mais importante é reduzir acidentes e mortalidade por acidentes, para se ter noção Petrolina é o segundo município, fora de Recife, a ter maior índice de morte por acidente de moto. Esses acidentes estão muito relacionados à bebida. Por isso, é importante a educação, precisa educar a população sobre a questão, procurar estratégias para intensificar que o álcool e moto não combinam. Estamos colaborando com o programa da lei seca e buscando estratégias para conscientizar a população sobre os riscos do álcool associado à condução de motos”, ressaltou.
A gestora também abordou a proliferação do Aedes aegypti e as doenças associadas, enfatizando a importância do trabalho conjunto entre a VIII Geres e os municípios para assessoramento, capacitação e monitoramento eficazes. Ana Célia relatou que estão em vias de intensificar as ações nesse sentido.
“Eu ainda não tenho uma propriedade para te passar dados, mas assim o papel da Regional é assessorar de capacitar e monitorar, inclusive, fazer a parte laboratorial das amostras coletadas de ninguém. É um problema endêmico não só nessa região, mas no Brasil como todo. Contudo, a questão de visita no domicílio a questão de educação e saúde em relação às endemias é papel do município”, destacou.
Por fim, a gestora comentou sobre a queda na cobertura vacinal, um desafio exacerbado pela pandemia. “Desde o início da gestão, estamos implementando ações para melhorar a cobertura vacinal, incluindo vacinação em escolas e horários estendidos nas unidades de saúde”, afirmou. Ela também destacou a busca ativa como uma estratégia eficaz para garantir que ninguém fique desprotegido.