Nesta segunda-feira (25), o Fórum Doutor Manoel Souza Filho, em Petrolina, Sertão de Pernambuco, sediou a primeira audiência de instrução no caso de Cleber Batista do Nascimento, conhecido como “Keké”, de 40 anos. Cleber morreu em janeiro de 2024, após sua esposa, Keith Daiane da Silva, colocar fogo no colchão durante uma discussão entre o casal.
A audiência começou às 8h e se estendeu até as 16h. Foram ouvidas seis testemunhas de acusação e três de defesa. Nesta fase do processo, as provas foram analisadas e as testemunhas tiveram a oportunidade de se manifestar sobre os fatos.
Segundo o Ministério Público e o advogado assistente de acusação, Alinson Gil, foi estabelecido o prazo de cinco dias para que as alegações finais sejam apresentadas em forma de memoriais. Posteriormente, a defesa da acusada terá mais cinco dias para apresentar seus memoriais. Após essa etapa, a juíza terá dez dias para proferir a sentença, que definirá se Keith Daiane da Silva será submetida a júri popular.
Cleber Batista, líder comunitário de 40 anos, morreu na noite de 11 de janeiro de 2024, no Hospital Regional de Juazeiro, na Bahia, onde estava internado. Ele sofreu graves queimaduras após Keith Daiane, de 36 anos, incendiar o colchão durante uma discussão na residência do casal, localizada no bairro Pedra Linda, em Petrolina.
Um vídeo divulgado nas redes sociais registrou o momento da discussão e o início do incêndio. Apesar do fogo se espalhar, Cleber permaneceu no quarto, e no final do vídeo é possível ouvi-lo gritando que não conseguia sair do local.
Inicialmente, a Polícia Civil registrou o caso como incêndio doloso, quando há intenção de provocar o crime. Keith Daiane foi detida, autuada em flagrante e, após os procedimentos legais, foi apresentada à audiência de custódia, permanecendo à disposição da Justiça. Ela responde ao processo em liberdade.
Cleber trabalhava como fotógrafo, era líder comunitário e havia sido candidato a vereador de Petrolina nas eleições municipais de 2020.