Foi lançada nesta quinta-feira (24) em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, a campanha “Vacina na Escola: Futuro Protegido”, que tem como foco a imunização de crianças da educação infantil da rede municipal. A ação faz parte do programa Imuniza Mais, com apoio da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
A proposta é facilitar o acesso à vacinação, especialmente em regiões periféricas da cidade, com equipes de saúde aplicando as doses diretamente nas escolas, mediante autorização dos pais.
Queda na cobertura vacinal motivou a ação
De acordo com o secretário executivo de Vigilância em Saúde de Petrolina, Acácio Andrade, o projeto vem sendo estruturado desde o início do ano, com apoio de instituições como a Univasf.
“É um projeto desenvolvido a muitas mãos. Já vínhamos observando uma queda nas coberturas vacinais, como a da varicela, que caiu para 46% em 2024. O ideal seria 95%, mas tivemos desabastecimento nacional. A iniciativa busca reverter esse cenário”, explicou.
Ainda segundo Acácio, além da vacina da varicela, a dose contra a influenza também está entre as mais procuradas durante as ações nas escolas.
Primeira escola vacinada aplicou mais de 60 doses
A vacinação nas escolas começou já na quinta-feira (24), quando a equipe visitou a primeira unidade e aplicou 63 doses: 22 em crianças e 14 em colaboradores.
Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Imunização, enfermeira Yasmin Lara de Araújo, não houve resistência por parte das crianças e o momento foi marcado por acolhimento e leveza.
“Levamos o Zé Gotinha, fizemos pintura com as crianças e criamos um ambiente tranquilo. Teve aluno que disse: ‘Zé Gotinha, minha caderneta está em dia’. Outro abraçou o mascote e agradeceu o cuidado com sua saúde”, relatou Yasmin.
Cronograma prioriza escolas com mais alunos
As unidades escolares foram escolhidas estrategicamente com base na quantidade de estudantes matriculados, buscando atingir o maior número possível de crianças.
A campanha vai acontecer sempre às quintas-feiras. Os pais serão informados com uma semana de antecedência, por meio de bilhete enviado pela escola, e devem encaminhar dois documentos obrigatórios: a caderneta de vacinação e o termo de autorização.
Caso o termo não seja entregue, os pais têm a opção de acompanhar a vacinação na escola, se puderem estar presentes.
Sistema integrado garante registro das doses
Durante a aplicação, os dados das vacinas são imediatamente registrados no sistema do Ministério da Saúde, garantindo que a dose fique registrada mesmo em caso de perda da caderneta física.
“As equipes da Univasf já atuam com acesso ao sistema nacional. Isso garante que, mesmo se a caderneta for extraviada, a criança não perca o histórico vacinal”, explicou Yasmin.
Busca ativa e ampliação
Yasmin informou ainda que, caso alguma criança não esteja presente no dia da vacinação, será realizada busca ativa para garantir que nenhum aluno fique sem a dose. A Secretaria também está organizando equipes extras para ampliar o número de escolas atendidas até o fim do ano.
“Esse foi só o pontapé inicial. A ideia é manter a ação até dezembro, fortalecendo a cultura da vacinação desde a primeira infância”, concluiu.