Atualmente, os moradores de Petrolina (PE) convivem com um toque de recolher bem peculiar. As pessoas são obrigadas a fechar portas e janelas para evitar a entrada de muriçocas em suas casas. A situação tem piorado com as fortes chuvas que vem caindo ultimamente na cidade e os moradores de alguns bairros, afetados pelo pernilongo, estão pedindo ajuda a Prefeitura Municipal. Esse assunto foi pautado no Nossa Voz desta quinta-feira (06).
Luciana Santos falou do surto de muriçocas no bairro Quati II. “Esse surto está insuportável. Desde o final do ano, em outubro, que teve esse aumento de muriçoca. É um inseto maior, de cor mais escura e bem mais agressivo. Ele não se satisfaz só com o sangue, parece que quer comer a carne da pessoa. A gente tem que ficar usando repelente o dia todo. Quem tem criança então, que não pode ficar passando o repelente para evitar a picada, pois é um tipo de veneno. A gente teme que essa criança coloque a mão na boca e adoeça e isso me deixa bastante preocupada. É uma situação insustentavelmente, alguém tem que tomar uma providência”.
No Assentamento José Almeida, Estrada da Tapera, zona rural de Petrolina, Paulo Sérgio contou que os “muriçocões” estão aterrorizando. “Acredito ser um problema de fenômeno natural. Esse volume de muriçoca não tem só na cidade não e sim em toda parte do interior, em todo o Estado. Isso está prejudicando a população durante o dia e a noite. O poder público tem que fazer alguma coisa”.
Outros moradores chagaram a pontuar o desaparecimento do carro fumacê. Segundo relatos, o serviço deixou de ser fornecido às comunidades.
Em nota, a Prefeitura de Petrolina informou “que o município vem realizando a limpeza de terrenos públicos, bem como de córregos na cidade. No entanto, é necessário colaboração da população para evitar o descarte incorreto de lixo e entulhos, já que esses espaços favorecem o acúmulo de água e de depósitos orgânicos, contribuindo para a reprodução do mosquito”.