PIX pode deixar de funcionar corretamente devido à greve do BC

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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro.

Começa nesta sexta-feira, 1º de abril, a greve dos servidores do Banco Central do Brasil. A decisão tomada pelos funcionários públicos do órgão poderá afetar o PIX e também outras atividades da autoridade monetária do país. O PIX é um sistema de transferência instantâneo e sem custos. Por meio dele é possível realizar  transferências por 24h e nos 7 dias da semana.

Segundo informações do Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), a greve dos servidores do Banco Central poderá suspender o sistema de pagamentos instantâneos, bem como a distribuição do dinheiro em espécie. Ainda de acordo com a entidade, a interrupção dos servidores não acontecerá de maneira integral, mas sim parcialmente.

PIX poderá deixar de funcionar corretamente

O sindicato confirma que a greve não irá interferir nos serviços essenciais, respeitando a lei que dispõe sobre o tema. Por meio de nota, o Banco Central confirmou que há planos de contingência para “manter o funcionamento dos sistemas críticos para a população, os mercados e as operações das instituições reguladas, tais como STR [Sistema de Transferência de Reservas], Pix, Selic, entre outros”.

“Mesmo tendo esquema de contingência, não dá para dizer que o Pix vai ter funcionamento pleno durante uma greve. O monitoramento do sistema vai ser precário, o atendimento aos usuários que usam Pix ficará prejudicado, entre outras coisas”, disse Fábio Faiad, presidente do Sinal.

A greve dos servidores do Banco Central deve contar com adesão de até 70% da categoria. A paralisação ocorre, sobretudo, por conta do não reajuste do salário dos funcionários públicos do órgão nos últimos três anos. Os servidores cobram do Governo uma recomposição salarial de 26,3% e reestruturação de carreira de analistas e técnicos.

Os analistas do Banco Central, de nível superior, recebem um salário bruto mensal aproximado de R$ 19 mil a R$ 27 mil. Já os técnicos do órgão, de nível superior, têm remuneração em torno de R$ 7.500 a R$ 12,5 mil.

Além da reivindicação salarial, os funcionários pedem a mudança da nomenclatura de analista para auditor, por exemplo, e a exigência de nível superior para ingresso dos técnicos do Banco Central.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil