A Polícia Federal em Pernambuco, em operação conjunta com a Controladoria Geral da União prendeu, no início da manhã de hoje (10), o prefeito de Agrestina, Thiago Nunes, do MDB e seu vice, Zito da Barra. Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão de documentos na Prefeitura Municipal, na cidade do Agreste de Pernambuco.
Thiago Nunes e Zito da Barra chegaram a ter os mandatos cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral, por abuso do poder políticos e foram reconduzidos aos cargos por decisão do Tribunal Superior Eleitoral.
Essa é a terceira fase da Operação Pescaria, que tem o propósito de dar continuidade às ações repressivas iniciadas no ano de 2018 para desarticular uma organização criminosa especializada no desvio de recursos públicos.
Segundo a Polícia Federal, a investigação mira a lavagem dos lucros ilicitamente auferidos por meio da utilização de conta bancária de titularidade de um “laranja” vinculado ao grupo. Esta conta servia aos investigados para o recebimento de transferências e depósitos em espécie, na maioria deles realizadas em valores baixos e sem a identificação da origem. Posteriormente havia saques de valores vultuosos, assim como a utilização de cheques assinados em branco, tudo com o propósito de dificultar a identificação da origem criminosa do dinheiro.
A Polícia Federal cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, 13 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais, além de mandados de afastamento de funções públicas dos ocupantes de cargos na administração municipal de Agrestina, além de mandados de afastamento de sigilos bancário e fiscal dos investigados, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
As duas fases que antecederam a Operação Pescaria 3 foram deflagradas respectivamente em fevereiro e março de 2019. Os crimes investigados na atual fase da operação são de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.