Sobre fala de Miguel Coelho, Lossio dispara:“Quem serve pra votar, também serve pra ser votado”

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Mesmo recluso para se recuperar de uma cirurgia, o ex-prefeito Júlio Lossio respondeu ao blog sobre o convite de Miguel para Guilherme Coelho retornar ao “seu grupo político”.

“Todo gesto de aproximação na política tem seu valor e deve ser reconhecido; contudo, parece que o poder subiu demais à cabeça do ex-prefeito Miguel Coelho, e nem um quinto lugar na disputa para o governo conseguiu trazer de volta a humildade necessária na vida pública. Esse é um aspecto que o tempo resolve.

Vale frisar que, ao meu ver, Guilherme Coelho não pode ser tratado como um cabo eleitoral que vai e vem a cada eleição. Tanto eu como Guilherme viemos de uma escola política cujo mestre Osvaldo Coelho sempre defendeu que alianças políticas devem ter como propósito o olhar no coletivo e a mútua ajuda. Osvaldo abençoou minha aproximação política com Guilherme, extremamente vitoriosa em 2008 e 2012.

Em 2016, eu e Guilherme nos afastamos politicamente, mais por minha culpa do que dele. Na época, eu era prefeito há quase 8 anos, eleito e reeleito, e, como muitas vezes acontece, o poder acabou provocando uma cegueira, deixando-me influenciar por algumas figuras cujo objetivo é o poder pelo poder. Já me desculpei com Guilherme, mas sei que não basta um pedido de desculpas; é preciso mais.

Importante ressaltar que, mesmo com o afastamento político, eu e Guilherme nunca deixamos que as relações pessoais e o respeito mútuo fossem contaminados, diferentemente da reação do grupo Bezerra Coelho, que não aceitou a candidatura de Guilherme ao senado, proferindo publicamente que “Ele (Guilherme) não merece nem o nosso respeito e nem a nossa admiração.”

Osvaldo Coelho dizia: “A política é uma roda gigante, hora estamos em cima, hora em baixo; o importante é estar dentro da roda.”

Talvez o ex-prefeito Miguel Coelho não tenha percebido que, em Petrolina, Guilherme Coelho, mesmo não conquistando a vaga para o Senado, foi o grande vencedor das eleições.

Sua governadora foi eleita e hoje ele desempenha um protagonismo como assessor direto da governadora, maior que qualquer outra figura política de Petrolina.

Como já disse antes, só desculpas não bastam, e quem serve para votar deve também servir para ser votado.

Guilherme votou duas vezes em Miguel para prefeito, e a recíproca não é verdadeira. Por que, então, Miguel não propõe a candidatura de Guilherme a prefeito em uma união supraideológica por nossa querida Petrolina?

Eu tomaria a liberdade de sugerir um candidato a vice: César Durando, aliado da situação e irmão do atual prefeito, garantiria a participação efetiva de Simão na campanha.

Diferentemente do irmão, tanto na política como na sua atuação profissional sobretudo na ABO Petrolina César mostrou que não aceita ser conduzido ou manipulado e, em caso de necessidade, assumiria a gestão para governar e não ser governado.

Guilherme teria apoio integral do governo do estado, e sua relação pessoal com o vice-presidente Geraldo Alckmin abriria as portas do governo federal, criando um alinhamento político a nível municipal, estadual e federal talvez jamais visto em nossa cidade.

Da minha parte e dos nossos aliados, tenho a mais absoluta certeza de que Guilherme teria todo empenho e dedicação para voltar à prefeitura e fazer mais e melhor.”

Ascom Dr.Julio Lossio