Os preços ao produtor no Brasil recuaram 1,29% em dezembro, registrando taxa negativa pelo quinto mês seguido e encerrando 2022 com alta acumulada de 3,13%. Em novembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia caído 0,52%.
O resultado do ano passado, divulgado nesta quarta-feira (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi o terceiro menor desde o início da série histórica, em 2014.
Também ficou muito abaixo da alta de 28,45% vista em 2021.
“A redução do preço do óleo bruto, acompanhando os preços internacionais, além de exercer impacto direto sobre o resultado das indústrias extrativas, naturalmente provoca uma redução de custos ao longo da sua cadeia derivada, como o refino e os outros produtos químicos, com reflexo no preço final praticado nesses setores”, completou.
Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 15 registraram recuo de preços ante novembro, sendo as maiores variações de indústrias extrativas (-7,21%), refino de petróleo e biocombustíveis (-5,46%), madeira (-2,96%) e outros produtos químicos (-2,79%).
Somente o setor de refino de petróleo e biocombustíveis foi responsável por -0,68 ponto percentual de influência na variação do mês.
Já no acumulado do ano passado as maiores variações foram apresentadas por papel e celulose (19,45%), impressão (19,17%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (16,99%) e fabricação de máquinas e equipamentos (15,71%).
O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.
Fonte: G1 Economia