Presidente da Abrafrutas solicita decreto de Estado de Calamidade Pública para reduzir prejuízo dos fruticultores de Petrolina

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Diante do cenário de perdas e prejuízos na fruticultura irrigada do Vale do São Francisco, causados pelas chuvas em grande volumes acumulados em várias áreas de Petrolina, o presidente da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho, solicitou ao prefeito de Petrolina, Simão Durando, que decrete o  Estado de Calamidade Pública no Município. 

De acordo com o documento, o “pedido se baseia no fato de que as precipitações pluviométricas do mês de novembro no município são as maiores considerando os últimos 30 anos, quando o histórico de precipitação média é de 60 a 90 mm, no entanto registra-se que neste ano no Projeto Senador Nilo Coelho as precipitações chegaram 1.000 mm”. Ainda de acordo com o ofício, os produtores registraram a perda das frutas que ainda não haviam sido colhidas e há previsão concreta sobre a redução de frutas para a safra seguinte, além da elevação dos custos diretos com a mão de obra. A estimativa, segundo a Abrafrutas, é de prejuízos em torno de 50 %e 30% nas safras de uva e manga, respectivamente, em 2022. 

Em entrevista ao Nossa Voz desta sexta-feira (09), o Secretário de Agricultura de Petrolina, Gilberto Melo, afirmou que a viabilidade desta medida já está sendo estudada pela Procuradoria do Município. “Como vereador e Secretário de Agricultura e recebendo e ouvindo a população de Petrolina e também ter essa aproximação muito forte com o agro aqui de Petrolina, com a agricultura familiar, mas o agro hoje está muito prejudicado com essas chuvas. O prefeito estava em viagem, eu liguei para ele contando essa situação e para que a gente possa buscar um caminho até ver esse decreto, colocando em calamidade pública. O prefeito Simão, muito sensível, atencioso nas demandas que acontecem na nossa cidade e muito preocupado com a situação do nosso agro, afirmou que passaria essa solicitação para a Procuradoria para que a gente possa ver um caminho e se não trouxe nenhum prejuízo, vamos buscar esse caminho para ajudar a fruticultura do Vale do São Francisco”, ponderou.

Com o decreto de Estado de Calamidade Pública no Município, torna-se possível para os fruticultores a obtenção de subsídios para amortecer os prejuízos ou até descontos nas operações de crédito rural de custeio e de investimento vencidas e a vencer, a exemplo do que ocorreu em fevereiro deste ano nos Estados de Mato Grosso do Sul, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, que decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública por causa da estiagem e essas medidas foram reconhecidas pelo Governo Federal ou Estadual.