Presidente da Câmara dá 1º passo para impeachment de Joe Biden

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(Foto: Roberto SCHMIDT / AFP)
Democratic presidential nominee Joe Biden (L) stands with wife Jill Biden as he addresses supporters during election night at the Chase Center in Wilmington, Delaware, early on November 4, 2020. (Photo by Roberto SCHMIDT / AFP)

De acordo com uma reportagem do Estadão, o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, afirmou nesta terça-feira, 12, que está instruindo os comitês da Câmara a abrir um inquérito de impeachment contra o presidente americano, Joe Biden, em meio à pressão da ala radical do Partido Republicano para fazê-lo. A medida não tem apoio unânime dentro da própria oposição ao democrata.

A reportagem aponta que após uma dura disputa para alcançar a presidência da Casa, McCarthy teve de fazer concessões aos radicais do próprio partido, e o processo de impeachment de Biden se tornou uma delas. Caso não cedesse, de acordo com analistas, os radicais poderiam contestar a liderança do presidente da Câmara e tentar tirá-lo do cargo. A investigação se concentrará em saber se Biden se beneficiou dos negócios de seu filho Hunter Biden, entre outras questões, disse McCarthy.

O Estadão ainda destaca que os republicanos da Câmara não apresentaram provas que demonstrem diretamente que o Presidente Biden beneficiou dos negócios do seu filho na Ucrânia e em outros locais. Eles divulgaram alegações de que o Departamento de Justiça frustrou uma investigação sobre as negociações financeiras de Hunter Biden, juntamente com depoimentos sobre sua tendência em divulgar o nome da família para atrair clientes.

O Estadão acrescenta que o porta-voz da Casa Branca, Ian Sams, criticou a medida de McCarthy e afirmou em rede social que ‘os republicanos da Câmara estão investigando o presidente há nove meses e não encontraram nenhuma evidência de irregularidade’.  Sams também observou que McCarthy havia dito anteriormente que não abriria um inquérito de impeachment sem uma votação completa na Câmara. Não é certo que os republicanos teriam os 218 votos necessários para aprovar tal resolução. Alguns legisladores republicanos disseram que são veementemente contra. (Foto: Reprodução)