De acordo com uma reportagem do Estadão, o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, afirmou nesta terça-feira, 12, que está instruindo os comitês da Câmara a abrir um inquérito de impeachment contra o presidente americano, Joe Biden, em meio à pressão da ala radical do Partido Republicano para fazê-lo. A medida não tem apoio unânime dentro da própria oposição ao democrata.
A reportagem aponta que após uma dura disputa para alcançar a presidência da Casa, McCarthy teve de fazer concessões aos radicais do próprio partido, e o processo de impeachment de Biden se tornou uma delas. Caso não cedesse, de acordo com analistas, os radicais poderiam contestar a liderança do presidente da Câmara e tentar tirá-lo do cargo. A investigação se concentrará em saber se Biden se beneficiou dos negócios de seu filho Hunter Biden, entre outras questões, disse McCarthy.
O Estadão ainda destaca que os republicanos da Câmara não apresentaram provas que demonstrem diretamente que o Presidente Biden beneficiou dos negócios do seu filho na Ucrânia e em outros locais. Eles divulgaram alegações de que o Departamento de Justiça frustrou uma investigação sobre as negociações financeiras de Hunter Biden, juntamente com depoimentos sobre sua tendência em divulgar o nome da família para atrair clientes.
O Estadão acrescenta que o porta-voz da Casa Branca, Ian Sams, criticou a medida de McCarthy e afirmou em rede social que ‘os republicanos da Câmara estão investigando o presidente há nove meses e não encontraram nenhuma evidência de irregularidade’. Sams também observou que McCarthy havia dito anteriormente que não abriria um inquérito de impeachment sem uma votação completa na Câmara. Não é certo que os republicanos teriam os 218 votos necessários para aprovar tal resolução. Alguns legisladores republicanos disseram que são veementemente contra. (Foto: Reprodução)