Presidente Jair Bolsonaro indica André Mendonça para ministro do STF

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Foto: André Riedel/ PR

O presidente Jair Bolsonaro indicou o atual advogado-geral da União, André Mendonça, para ocupar a vaga do ministro Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado deixa o cargo nesta segunda-feira (12) ao completar 75 anos de idade. De acordo com Bolsonaro, o nome de Mendonça será publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta noite.

Olha só, vocês sabem que da última vinda aqui, o Fux pediu para que eu só apresentasse o nome do futuro indicado depois da aposentadoria do senhor Marco Aurélio. Já aconteceu a aposentadoria dele, então o Fux pediu, em respeito ao Marco Aurélio. Nós hoje devemos apresentar à noite o nome sim, do André Mendonça. Como tem um DOU (Diário Oficial da União) especial hoje para mais outras coisas, eu pedi que após a reunião com o senhor ministro Fux fosse publicada a indicação do senhor André Mendonça”, disse o presidente.

A partir de agora, o indicado depende de aprovação em sabatina que será realizada pelo Senado Federal, em data a ser definida pelos parlamentares. O indicado será entrevistado pelos senadores em uma comissão especial criada para tratar do tema. Ele tem boa aceitação entre os magistrados da mais alta corte do país. No entanto, no Senado, existe uma indisposição com o governo, o que pode atrasar a chancela ou recusa da escolha do presidente pelo parlamento.

Mendonça é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília. Nos últimos meses, quando estava no comando do Ministério da Justiça, ele se envolveu em polêmicas ao utilizar a Polícia Federal para perseguir opositores do governo, por meio da abertura de inquéritos com base na Lei de Segurança Nacional.Até o momento, todas as investigações abertas pela PF a pedido de Mendonça contra críticos do presidente foram arquivadas.

Entre os colegas ele é visto como um homem de fé, mas que não costuma misturar os versículos da Bíblia com os artigos da Constituição. No entanto, este costume foi quebrado nos últimos meses, quando ele chegou a usar trechos do livro sagrado aos cristãos como argumento em processos.